O lucro do grupo californiano foi de 14 mil milhões de dólares, nitidamente abaixo das expectativas dos analistas.
De julho a setembro, o número um mundial da publicidade em linha viu as suas receitas publicitárias subirem ligeiramente para 54,5 mil milhões de dólares.
Mas as receitas da plataforma YouTube baixaram dois por cento, para os sete mil milhões de dólares, quando os analistas esperavam uma subida.
A Google sofreu com os cortes orçamentais dos anunciantes, confrontados com a inflação e a subida das taxas de juro.
"Este foi um trimestre difícil para a publicidade digital. Os ventos macroeconómicos contrários foram fortes o suficiente para que a Google reduzisse as contratações de pessoal, para relançar os lucros", apontou Evelyn Mitchell, analista da Insider Intelligence.
Os resultados do conglomerado da internet comparam mal com os dos anos 2021, uma vez que então a pandemia e as restrições sanitárias favoreciam as atividades digitais.
Por outro lado, a ascensão fulgurante da TikTok também relativizou o domínio da Google e da Meta (Facebook, Instagram) no mercado mundial de publicidade digital.
Em 2022, esta aplicação de divertimento ultrapassou a Google enquanto sítio mais popular na rede, segundo a Cloudflare, empresa especializada em infraestruturas e serviços da internet.
A Google Cloud, a atividade de informática à distância do grupo, continuou, por seu lado, a crescer e alcançou um volume de negócios de 6,9 mil milhões de dólares, que compara com os cinco mil milhões homólogos.
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