Um estudo levado a cabo por um sociólogo da Universidade de Bath no Reino Unido, Timothy Hill, refere que as constantes distrações provocadas por redes sociais podem estar a impedir-nos de ser mais criativos e inovadores.
Hill nota que, graças às redes sociais, as pessoas estão a evitar ‘cair’ num tipo de tédio mais profundo uma vez que, assim que o começam a sentir, consultam imediatamente as redes sociais. Porém, é neste tédio mais profundo que costumam ter lugar as ideias mais criativas, pelo que se pode manifestar como um problema a longo prazo.
“O tédio profundo pode ser um conceito imensamente negativo mas, na verdade, pode ser intensamente positivo se as pessoas tiverem a oportunidade para desenvolvimento e pensamento sem distrações”, conta o investigador.
Na experiência de Hill participaram 15 pessoas e, apesar de algumas delas terem experienciado um grande vazio e inquietação, houve também quem se sentisse motivado a encontrar novos passatempos e paixões.
Hill refere ainda que “a pandemia [de Covid-190] foi uma experiência trágica, destrutiva e consumidora” e que tal não ajudou a que as pessoas se afastassem das redes sociais. “Mas estamos todos familiarizados com histórias de pessoas que, em quarentena, encontraram novos ‘hobbies’, carreiras e direções para a vida”, notou o sociólogo.
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