Amazon anuncia perdas de 2,7 mil milhões, arrastada pela Rivian

O gigante norte-americano do comércio eletrónico Amazon anunciou hoje perdas de 2,7 mil milhões de dólares em 2022, em comparação com os 33 mil milhões de ganhos no ano anterior, arrastado pelo investimento na empresa de automóveis elétricos Rivian.

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Lusa
03/02/2023 00:10 ‧ 03/02/2023 por Lusa

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Tecnológica

A tecnológica passou trimestre após trimestre afetada pela queda acentuada na bolsa de valores da Rivian, na qual tem uma participação significativa, e de acordo com um comunicado da empresa, assumiu um encargo de 12,7 mil milhões, o que contribuiu para o primeiro ano não lucrativo da empresa desde 2014.

A grande aposta da Amazon em 2019 na Rivian fez-se sentir na empresa de Seattle desde o início do ano passado, período em que o fabricante de automóveis perdeu 65% da sua capitalização.

Entretanto, as receitas líquidas anuais da Amazon aumentaram 09% para 513,983 mil milhões, com maior volume de vendas na América do Norte - a sua principal fonte de receitas - um declínio a nível internacional e um crescimento notável no seu negócio na "nuvem", "Amazon Web Servisses" (AWS).

A AWS, que lidera o mercado, cresceu 29%, com um volume de negócios de 80,1 mil milhões, e foi também o único segmento com um lucro operacional de 22,9 mil milhões, mas especialistas afirmaram hoje que está a moderar o crescimento devido à emergência de concorrentes.

Outros fatores que afetaram as contas da Amazon incluem a inflação, que contribuiu para custos mais elevados e menor procura, e medidas de eficiência que se repercutiram no pagamento de indemnizações por despedimento e amortizações de equipamentos, propriedades e rendas.

No entanto, o diretor executivo, Andy Jassy, mostrou-se otimista quanto ao futuro, afirmando que a empresa espera obter lucros operacionais no primeiro trimestre até 04 mil milhões de dólares e um crescimento na faturação entre 4 e 8%.

A Amazon anunciou no início de janeiro que planeia despedir 18.000 trabalhadores, 6% de uma enorme mão-de-obra que duplicou após a declaração da pandemia de covid-19, quando o comércio eletrónico e o setor tecnológico em geral "floresceram".

Leia Também: Amazon confirma que vai despedir 18 mil pessoas

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