"Em breve, começaremos a selecionar astronautas estrangeiros para enviar para a nossa estação espacial, visando realizar experiências científicas conjuntas", disse Chen Shanguang, o vice-chefe do programa espacial tripulado da China, citado pela televisão estatal chinesa CCTV.
Os astronautas terão primeiro que passar por um processo de familiarização com as naves chinesas.
Chen disse ter esperança de que os "astronautas estrangeiros que forem para a estação espacial chinesa aprendam mais sobre a cultura" da China e que os "intercâmbios culturais entre astronautas de diferentes países possam promover o progresso mútuo".
O processo de adaptação estende-se à língua: "a língua de trabalho na Estação Espacial Internacional é o inglês. Da mesma forma, a língua falada na Estação chinesa é o chinês", acrescentou o responsável.
O especialista, que indicou que "instrutores chineses poderiam treinar astronautas de outros países na China", disse que "muitos países propuseram selecionar e enviar astronautas" para participarem nas missões.
Na estação espacial chinesa, designada Tiangong ("Palácio Celestial") já foram realizadas algumas experiências por organizações internacionais, como o Escritório das Nações Unidas para Assuntos Espaciais, embora, por enquanto, apenas astronautas chineses tenham viajado até à estação.
O Tiangong está programado para operar por 15 anos, orbitando a cerca de 400 quilómetros acima da superfície da Terra.
Em 2024, é provável que se torne a única estação espacial ativa. A Estação Espacial Internacional, uma iniciativa liderada pelos Estados Unidos e da qual a China foi excluída, deve chegar ao fim naquele ano.
Nos últimos anos, o programa espacial chinês progrediu rapidamente. A China pousou a sonda Chang'e 4 no lado oculto da Lua -- um feito inédito - e colocou uma sonda em Marte pela primeira vez, tornando-se o terceiro país a fazê-lo, depois de os Estados Unidos e da extinta União Soviética.
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