Esta foi a mensagem do diretor-geral da ESA, Josef Aschbacher, numa conferência de imprensa hoje em Paris, na qual, além de anunciar o fim da 'crise dos foguetes", lembrou que o orçamento da agência espacial "é relativamente modesto" e que a Europa é responsável por 11% dos gastos globais no espaço, em comparação com 64% dos Estados Unidos e 12 % da China.
Após o voo inaugural do Ariane 6 em julho de 2024, o primeiro lançamento comercial está programado para fevereiro e no total estão programados seis lançamentos deste foguetão, que na sua versão 64 tem capacidade para colocar cargas de até mais de 20 toneladas em órbita baixa e 11 toneladas em órbita geoestacionária.
Para o foguetão europeu Vega-C, que consegue colocar cargas de até 2,2 toneladas em órbita polar (a 700 quilómetros de altitude), estão programados quatro lançamentos este ano, depois de retomar com sucesso as operações em dezembro, dois anos após o fracasso do primeiro lançamento.
Quando a cadência dos dois lançadores estiver totalmente operacional, a ESA espera cerca de nove lançamentos por ano do Ariane 6 e cerca de cinco do Vega-C.ç
"É disso que a Europa precisa", defendeu o diretor-geral da ESA, acrescentando que os foguetões europeus têm ainda outros contratos para colocar satélites dos EUA em órbita, como os da constelação Creeper para a Amazon.
Josef Aschbacher disse ainda que a ESA quer desenvolver um foguetão reutilizável no futuro, como o que a Space X já possui, razão pela qual vai realizar um concurso, a lançar "muito em breve", para definir a próxima geração de foguetões que vão substituir o Ariane 6 e Vega C, num futuro cujo horizonte ainda não está definido.
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