O conselheiro de segurança nacional do presidente Joe Biden, Jake Sullivan, disse em comunicado "aplaudir" uma proposta de lei que permitiria, entre outras, a interdição de aplicações como a TikTok.
O texto, subscrito por um senador democrata e outro republicano, "permite ao Estado norte-americano impedir alguns Estados estrangeiros de explorarem serviços tecnológicos (...) de uma forma que ameace a informação confidencial dos (norte-)americanos e a segurança nacional" dos EUA, escreveu o conselheiro de Biden.
Vários congressistas consideram a plataforma de vídeos curtos e virais, que pertence ao grupo chinês ByteDance, como uma ameaça para a segurança nacional.
Em particular, receiam, tal como um número crescente de governos ocidentais, que Pequim consiga aceder a informação dos utilizadores do mundo inteiro, através desta aplicação.
A TikTok tem-se defendido das suspeitas desde há anos, mas as tensões entre os dois Estados, e mais recentemente a destruição de um balcão chinês suspeito de espionagem, intensificou os apelos a demonstrações de firmeza face à China.
Ao apresentar o texto, já apoiado por uma dúzia de senadores, o senador republicano John Thune disse: "É considerado geralmente que a TikTok constitui uma ameaça para a nossa segurança nacional".
De forma concreta, o projeto de lei dá ao Departamento do Comércio novos poderes para proibir esta aplicação.
Um outro projeto de lei foi apresentado na Câmara dos Representantes na semana passada.
A TikTok já reagiu, considerando que a sua interdição corresponderia a "limitar a liberdade de expressão" de milhões de pessoas nos EUA. A empresa reivindica mais de uma centena de milhões de utilizadores nos EUA.
O diretor-geral da aplicação, Shou Zi Chew, vai ser ouvido no Congresso norte-americano no final do mês.
A aplicação já superou plataformas como YouTube, Twitter, Instagram e Facebook no "tempo passado" pelos adultos nos EUA e já se aproximou da Netflix.
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