KPMG. Um terço das organizações africanas sofre ciberataques

Um terço das organizações africanas que participaram no primeiro estudo realizado pela KPMG sobre cibersegurança, nomeadamente em Angola e Moçambique, declarou ter sido alvo de um ciberataque nos últimos 12 meses, revelou hoje a empresa de consultoria.

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Lusa
27/03/2023 16:02 ‧ 27/03/2023 por Lusa

Tech

Cibersegurança

Os setores financeiro, de energia e recursos naturais, de indústria e as tecnologias de informação e comunicação (TIC) são os mais afetados pelas ameaças cibernéticas, e uma das principais consequências foi o comprometimento do e-mail empresarial, segundo a primeira edição do 'Africa Cyber Security Outlook'.

A análise foi realizada em 2022 junto de 300 responsáveis de empresas no continente Africano, nomeadamente Angola, Moçambique, África do Sul, Benim, Gana, Nigéria, Quénia, Ruanda, Tanzânia, Uganda e Zâmbia.

O estudo, que a empresa já apresentou em Angola e cujas principais conclusões divulgou hoje em comunicado, abrangeu interlocutores de vários setores de atividade, considerando tanto grandes (44%) como pequenas e médias empresas (56%) e revela que, perante as ameaças, as organizações estão a dar cada vez mais importância à aplicação de medidas de proteção.

Cerca de 75% dos inquiridos indicou que tem estratégias de cibersegurança regularmente atualizadas, ou adaptadas às ameaças identificadas, sendo esta a postura correta, como referiu Carlos Borges, responsável da KPMG Angola.

"A proatividade na identificação de ameaças e de mecanismos de defesa é fundamental", referiu Carlos Borges, sublinhando que "a proliferação de serviços digitais veio ampliar a superfície de ataques cibernéticos e aumentar a urgência de adoção de medidas de proteção" e que é "fundamental que as empresas integrem, por exemplo, o risco cibernético nas suas estratégias de negócio".

Neste capítulo surge um desafio, já que "cerca de duas em cada três empresas sentem dificuldades no recrutamento e retenção de profissionais qualificados em matéria de cibersegurança", segundo o estudo.

Apesar deste desafio, as empresas reconhecem a importância desta temática, com 55% dos inquiridos a afirmar que as suas organizações planeiam recrutar em breve, para a área de cibersegurança.

Além disso, têm investido na estratégia de cibersegurança, o que, de acordo com este estudo, poderá significar uma redução de 50% da probabilidade de virem a ser vítimas de um incidente de cibersegurança de grandes proporções.

Leia Também: Câmara de Odemira alvo de ciberataque. PJ já está a investigar

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