"Nas próximas semanas iremos apresentar um projeto de código de conduta sobre Inteligência Artificial", declarou a comissária europeia para a Concorrência, Margrethe Vestager, durante uma conferência de imprensa conjunta com o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, na Suécia.
De acordo com Blinken, trata-se de "estabelecer códigos de conduta voluntários que estejam abertos a todos os países com as mesmas ideias".
A ideia é ter muito em breve uma proposta final na qual as empresas do setor -- que é dominado por grandes empresas tecnológicas norte-americanas, como Microsoft, Meta ou Google - poderão comprometer-se voluntariamente.
Na presença do fundador da empresa que criou o ChatGPT (um sistema que simula conversas e produz conteúdos), Sam Altman, a questão da IA foi um dos principais temas de uma reunião do Conselho de Comércio e Tecnologia UE-EUA em Lulea, no norte da Suécia.
"A UE e os Estados Unidos partilham a visão comum de que as tecnologias de Inteligência Artificial trazem grandes oportunidades, mas também representam riscos para as nossas sociedades", segundo alegaram Bruxelas e Washington, num comunicado final.
A UE quer ser o primeiro bloco económico do mundo a adotar um quadro jurídico completo e obrigatório para limitar os excessos da IA, mas a sua entrada em vigor não acontecerá antes do final de 2025.
A China também tem planos reguladores, incluindo uma inspeção de segurança de ferramentas de Inteligência Artificial.
Quanto a Washington, apesar de inúmeras discussões, nenhum projeto obrigatório está atualmente em cima da mesa.
Leia Também: Partido Comunista Chinês alerta para riscos da inteligência artificial