A plataforma de transmissão em contínuo ('streaming'), que está confrontada, como as suas concorrentes, com uma greve de atores e cenaristas nos EUA, lucrou 1,5 mil milhões de dólares, similar ao do mesmo período do ano passado, mas acima das expectativas, como noticiou depois do fecho de Wall Street.
No trimestre em apreço, a empresa teve um volume de negócios de 8,2 mil milhões de dólares, abaixo do esperado, no que é um crescimento homólogo de 2,7%.
Depois do encerramento da praça nova-iorquina, a ação Netflix evoluía a perder cinco por cento nas transações eletrónicas.
Os resultados trimestrais foram divulgados em plena greve massiva de atores e cenaristas, que causou a pior paralisia do setor em mais de 60 anos.
Na sexta-feira, centenas de grevistas manifestaram-se frente à sede de Netflix em Hollywood, em Los Angeles, bem como em outros locais e perante outras emersas, como HBO, Amazon e Paramount.
Os dois corpos de profissionais reclamam a revalorização das remunerações, comprometida na era do 'streaming'. Pretendem também obter garantias quanto ao uso da inteligência artificial dita generativa, para impedir que esta produza argumentos ou clone as suas vozes e imagem.
"Queremos trabalhar duro para encontrar uma solução justa e equitativa para evitar a greve", tinha declarado em abril o codiretor-geral, Ted Sarandos.
"Mas, se ocorrer, temos uma base importante de filmes e programas do mundo inteiro", acrescentou. "Podemos aguentar durante muito tempo".
Leia Também: Mesmo sem partilha de contas, Netflix terá aumento número de subscritores