Biden obtém "compromissos voluntários" para desenvolvimento seguro da IA

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, obteve uma série de "compromissos voluntários" de sete grandes empresas tecnológicas norte-americanas -- Amazon, Anthropic, Google, Inflection, Meta, Microsoft e OpenAI -- para o "desenvolvimento seguro e transparente da tecnologia de inteligência artificial".

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© REUTERS/Jonathan Ernst

Lusa
21/07/2023 15:04 ‧ 21/07/2023 por Lusa

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inteligência artificial

A Casa Branca afirma num comunicado hoje divulgado que estes compromissos "sublinham três princípios que devem ser fundamentais", como "a segurança, a proteção e a confiança", e delineia um plano que inclui, entre outros aspetos, o desenvolvimento de medidas para proteger os modelos em desenvolvimento, a notificação antecipada de vulnerabilidades e a comunicação transparente ao público dos casos em que a inteligência artificial (IA) foi utilizada para o desenvolvimento de qualquer projeto.

Quanto a este último aspeto, as tecnológicas comprometem-se a desenvolver mecanismos técnicos robustos para garantir que os utilizadores saibam quando os conteúdos são gerados por IA, como um sistema de marcas de água.

"Esta ação permite que a criatividade com IA floresça, mas reduz os perigos de fraude e engano", diz a Casa Branca.

Da mesma forma, as empresas comprometem-se a informar publicamente sobre as capacidades, limitações e áreas de utilização adequada e inadequada dos seus sistemas de IA, tanto os riscos de segurança como os riscos sociais, como os efeitos sobre o enviesamento da informação.

Além disso, as empresas tecnológicas comprometeram-se a dar prioridade à investigação sobre os riscos sociais que os sistemas de IA podem representar, nomeadamente em termos de privacidade.

Os EUA estão a debater com os seus aliados a possibilidade de alargar estes "compromissos voluntários" das empresas tecnológicas a um quadro jurídico internacional, que já foram delineados na última reunião dos ministros do digital do G7 , no Japão, no final de maio.

Os líderes do G7 acabaram por mandatar os seus ministros para estabelecer o chamado Processo sobre Inteligência Artificial, que consiste na criação de um grupo de trabalho conjunto entre o G7, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico na Europa (OCDE) e a Parceria Global sobre Inteligência Artificial (GPAI).

Este grupo de trabalho irá debater, até ao final deste ano, questões relacionadas com a aplicação desta tecnologia, como "a governação, a salvaguarda dos direitos de propriedade intelectual, incluindo os direitos de autor, a promoção da transparência, a resposta à manipulação da informação, incluindo a desinformação, e a utilização responsável desta tecnologia".

Leia Também: Congresso investiga investimentos em empresas tecnológicas na China

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