A chefe das relações públicas da Meta no Canadá, Rachel Curran, referiu esta terça-feira, em comunicado, que a empresa "iniciou o processo para encerrar permanentemente o acesso às notícias no Canadá".
Curran acrescentou que espera que, no futuro, o governo canadiano "reconheça o valor" que o Facebook e o Instagram fornecem às editoras "e considere uma resposta política que sustente os princípios de uma Internet livre e aberta".
A medida surge depois de o Parlamento canadiano ter aprovado, em junho, uma lei que exige que plataformas como Facebook ou Google paguem aos 'media' para incluir o seu conteúdo.
A legislação, que ainda não entrou em vigor, recebeu o apoio da News Media Canada, associação que reúne as editoras de jornais do país.
A Meta e a Alphabet, empresa controladora do Google, opuseram-se fortemente à lei, sustentando que a distribuição nas suas plataformas de notícias e 'links' é benéfica para jornais e agências de notícias.
A Alphabet também alertou que deixará de partilhar notícias no Canadá através de serviços como as páginas Search, News e Discover, mas está aberta a negociações com o governo canadiano.
Em junho, a Meta alertou que bloquearia o acesso a notícias no Canadá, o que o governo canadiano interpretou como uma tentativa de chantagear o país.
O primeiro-ministro, Justin Trudeau, considerou essa decisão da gigante de tecnologia como "um erro grave", acusando-a de irresponsável.
Em resposta à decisão da Meta, a Quebecor, um dos maiores conglomerados de 'media' do Canadá, e o governo canadiano, anunciaram no início de julho que parariam de comprar espaços publicitários no Facebook e Instagram.
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