Guardian acusa Microsoft de prejudicar a sua reputação devido a sondagem
Empresa publicou uma pesquisa gerada por Inteligência Artificial (IA), em que se especulava sobre a causa da morte de uma mulher, juntamente com um artigo do jornal.
© Reuters
Tech The Guardian
O jornal britânico The Guardian acusou a Microsoft de prejudicar a sua reputação jornalística após a empresa ter publicado uma pesquisa gerada por Inteligência Artificial (IA), em que se especulava sobre a causa da morte de uma mulher, juntamente com um artigo do jornal.
A pesquisa, gerada por um programa de IA, questionava os leitores sobre qual achavam que era a causa associada à morte de Lilie James, uma treinadora de polo aquático, de 21 anos. O estudo indicava três opções: homicídio, acidente ou suicídio. Ao mesmo tempo, o estudo foi publicado juntamente com a notícia do The Guardian.
A sondagem foi entretanto removida, mas há imagens a circular nas redes sociais como a que foi publicada na rede social X (antigo Twitter) pela jornalista Alexandra Bruel.
In botched AI effort news: The Guardian sent an angry email to Microsoft after an automated poll appeared on an MSN/Guardian article about a woman who was found dead. The poll asked: What do you think is the reason behind the woman’s death? Choices: murder, accident, suicide. pic.twitter.com/VANmy2YiFT
— Alexandra Bruell (@alexbruell) October 31, 2023
De acordo com o The Guardian, vários internautas mostraram o seu desagrado para com a sondagem. Uma das pessoas chegou mesmo a sugerir o despedimento do jornalista que assinava a peça, julgando que a sondagem era da autoria do The Guardian. "Esta é a mais patética e desagradável sondagem que eu já vi", escreveu um dos internautas.
A chefe executiva do grupo de comunicação de que o The Guardian faz parte, Anna Bateson, demonstrou preocupação sobre a publicação da Microsoft e referiu que a causou desconforto à família de Lilie James e "danos reputacionais" ao jornal.
"Este é um caso de uso inapropriado de IA pela Microsoft numa história potencialmente angustiante originalmente escrita e publicada pelo The Guardian", referiu Anna Bateson.
Leia Também: The Guardian despede cartoonista por desenho alegadamente antissemita
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com