A partir desta quinta-feira, o YouTube vai impor restrições no número de vezes que adolescentes recebem recomendações de vídeos relacionados com conteúdos sensíveis, como a imagem corporal.
O anúncio foi feito hoje pela empresa, que refere que estas novas salvaguardas foram construídas juntamente com psicológicos, investigadores e outros especialistas no desenvolvimento das crianças.
A mudança surge depois de a empresa ter sido avisada, ao longo dos anos, e segundo as publicações internacionais, sobre os riscos que certas exposições repetidas a este tipo de conteúdos teria nos adolescentes - assim como semanas depois de os Estados Unidos terem processado a Meta por ser perniciosa para jovens.
“Uma maior frequência de conteúdo que idealiza padrões ou comportamentos prejudiciais à saúde pode enfatizar mensagens potencialmente problemáticas – e essas mensagens podem impactar a forma como alguns adolescentes se veem”, explicou a investigadora Allison Briscoe-Smith, em comunicado de imprensa citado pelas publicações internacionais.
Desta forma os adolescentes que usarem a plataforma não vão receber recomendações de vídeos repetidamente com conteúdo que "compare características físicas e idealize" alguns tipos de características, como o peso ou exibições sobre "formas de agressão social na forma intimidação sem contacto".
A plataforma referiu ainda que está a trabalhar com a Organização Mundial de Saúde e a Common Sense Networks para desenvolver recursos educacionais para pais e adolescentes. O projeto incluirá orientações sobre como criar vídeos online com segurança e empatia, assim como dar resposta a alguns comentários.
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