Cientistas na NASA descobrem buraco negro mais antigo (até agora)

O buraco negro é 10 vezes maior do que a galáxia onde nos encontramos, a Via Láctea, e foi formado há cerca de 13,2 mil milhões de anos.

Notícia

© X-ray: NASA/CXC/SAO/Ákos Bogdán; Infrared: NASA/ESA/CSA/STScI; Image Processing: NASA/CXC/SAO/L. Frattare & K. Arcand

Notícias ao Minuto
07/11/2023 19:48 ‧ 07/11/2023 por Notícias ao Minuto

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Astronomia

Um grupo de cientistas coordenados pela agência espacial norte-americana (NASA) descobriu o buraco negro mais antigo até agora encontrado. O relatório divulgado na segunda-feira confirma a (até agora) teoria de que buracos negros supermassivos existem desde o início da formação do universo.

O buraco negro, encontrado em observações do telescópio espacial James Webb e o Observatório Chandra X-Ray, dois telescópios enviados pela NASA, terá sido formado apenas 470 milhões de anos após o Big Bang, o momento em que o universo foi formado.

Tendo em conta que a idade do universo foi medida por astrónomos e astrofísicos em cerca de 13,7 mil milhões de anos, isso quer dizer que o buraco negro existe há cerca de 13,2 mil milhões de anos.

Mas a característica ainda mais impressionante do buraco negro é o seu tamanho: é 10 vezes maior do que o buraco negro que existe na nossa galáxia, a Via Láctea. Enquanto que o nosso buraco negro, Sagittarius A, representa cerca de 0,1% da massa da Via Láctea, o novo buraco negro encontrado pesa entre 10% a 100% da massa de todas as estrelas na sua própria galáxia.

O relatório é apresentado num comunicado, com o principal autor da descoberta, Akos Bogdan, do centro de astrofísica Harvard-Smithsonian, a explicar que "é impressionante que esta coisa esteja de facto onde está com toda a sua galáxia, tão cedo na existência do universo".

Os investigadores referiram, citados pela NBC News, que buraco negro formou-se a partir de enormes nuvens de gás de uma galáxia próxima. Ambas as galáxias fundiram-se em torno do buraco negro.

A análise raios-X do observatório Chandra permite confirmar ainda que "é possível capturar o gás a ser atraído pela gravidade do buraco negro", sendo que a luz visível em torno do buraco negro é extremamente forte.

Esta é mais uma descoberta potenciada pelo telescópio James Webb que, desde que foi lançado no dia 25 de dezembro de 2021, tem permitido capturar o universo com cada vez maior precisão, oferecendo uma perspetiva sobre o espaço infinito que nos rodeia que desconhecíamos até há pouco.

O James Webb está a explorar o universo a cerca de 1,5 milhões de quilómetros da Terra e, graças à sua tecnologia inovadora de captura de imagens, já foi possível encontrar vários planetas com características que permitem a existência de vida.

Leia Também: NASA partilha imagem (deslumbrante) de Júpiter captada pelo Hubble

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