O concurso, que alia a inteligência artificial (IA) à investigação biomédica, é organizado pelo Demokritos NCSR (National Center for Scientific Research), da Grécia, e tem como patrocinadores a Google, a Elsevier, e a Ovid.
Os participantes são desafiados a desenvolver sistemas de IA capazes de compreender e analisar vastas coleções de texto biomédico e responder a perguntas complexas, úteis para os especialistas biomédicos.
"Na prática, os trabalhos a concurso pretendem criar algo semelhante ao ChatGPT, mas só com informação da PubMED, um motor de pesquisa na área das ciências da vida e biomedicina", explica Tiago Almeida, da equipa do IEETA.
Segundo a mesma fonte, a BioASQ é uma competição de referência nessa área científica, que estabelece o padrão global para os avanços em IA aplicados à literatura biomédica.
"Esta vitória destaca o envolvimento dedicado da equipa numa das principais competições internacionais de Inteligência Artificial (IA) e processamento biomédico de linguagem natural (PNL)", consideram os vencedores.
Segundo Richard Jonker e Roshan Poudel, também membros da equipa, "os avanços registados na IA para a pesquisa de informação biomédica e a resposta a perguntas são muito promissores para aplicações no mundo real".
Dão como exemplo a melhoria dos sistemas de informação médica e a ajuda no diagnóstico avançado de cuidados de saúde.
"Isto poderá revolucionar a forma como os profissionais de saúde acedem e utilizam a informação, melhorando os cuidados aos doentes e as metodologias de investigação", frisam.
Numa das categorias a concurso participaram nove equipas com um total de 27 sistemas, e na outra participaram 16 equipas, com um total de 59 sistemas em avaliação.
Leia Também: Lucros da Microsoft excedem previsões graças ao entusiasmo com IA