Em concreto, a Comissão quer que as plataformas digitais atribuam recursos suficientes para ter a capacidade linguística de detetar mensagens em cada um dos países da União Europeia (UE) e, assim, poder lidar com os "riscos específicos" que podem surgir em cada um deles, disse o comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, durante um debate no Parlamento Europeu.
Os Estados-membros terão também de criar um mecanismo ágil para os utilizadores comunicarem incidentes e terão de o testar antes das eleições num exercício de simulação.
Terão também de garantir que os conteúdos gerados através de Inteligência Artificial são claramente identificados e, por último, terão de encaminhar os utilizadores para as informações oficiais fornecidas pelas autoridades eleitorais de cada país.
Muitas destas medidas já estão incluídas na lei dos serviços digitais que a UE aprovou há dois anos para tornar as plataformas mais transparentes, ou na lei da Inteligência Artificial que ainda não foi formalmente aprovada, mas Bruxelas está a preparar orientações específicas para as eleições, que espera apresentar no final de março.
"Neste período eleitoral, não podemos hesitar", disse Breton, que falou do risco de a Rússia promover campanhas de desinformação durante uma eleição que terá lugar num "contexto marcado por toda uma série de dificuldades, como as pandemias, as alterações climáticas, a migração, o regresso da guerra ao continente, o aumento do custo de vida".
Entre 06 e 09 de junho de 2024, os eleitores europeus são chamados às urnas para escolher os 720 deputados ao Parlamento Europeu, eleitos por cinco anos.
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