Em comunicado, o executivo comunitário apresentou a versão mais recente de um compêndio da Agência da União Europeia para a Cibersegurança (ENISA), que aponta que hoje "o cenário de ameaças piorou" em eleições em todos os países da União Europeia (UE).
De acordo com aquela agência europeia, desde as últimas eleições europeias, em 2019, aumentou o "recrutamento de piratas informáticos" e a "sofisticação dos intervenientes" estrangeiros.
Com os processos eleitorais também mais tecnológicos em vários países, hoje, mais do que nunca, a ENISA alertou para as principais ameaças: "interferência estrangeira e manipulação de informação, desinformação nas redes sociais, inteligência artificial e 'deep fakes'".
As 'deep fakes' são imagens geradas por computador, com recurso a inteligência artificial, que utilizam, por exemplo, um vídeo de uma pessoa e substituem o que é dito, com a intenção de transmitir uma mensagem contrária, com uma voz digital praticamente igual à original.
O compêndio propõe várias medidas, que não impedem a propagação e os eventuais efeitos destas interferências, mas tentam diminuir as suas consequências.
"As medidas propostas incluem melhores práticas na partilha de informações, sensibilização e formação, gestão de riscos, apoio à cibersegurança para campanhas, partidos e candidatos, e tecnologia de voto eletrónico", acrescentou a ENISA.
Portugal é um dos países do bloco comunitário que tem eleições legislativas este ano, já no próximo domingo, e houve eleições para o Parlamento Regional dos Açores, no dia 04 de fevereiro.
As eleições europeias vão realizar-se entre 06 e 09 de junho nos 27 Estados-membros.