Web Summit. Startup portuguesa quer ajudar Brasil a mitigar desastres

A startup portuguesa greenmetrics.ai ambiciona atravessar o atlântico e colaborar com o Brasil na mitigação de inundações no país, disse à Lusa um dos fundadores.

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Lusa
18/04/2024 21:11 ‧ 18/04/2024 por Lusa

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Web Summit

"Conseguimos ter alguma previsibilidade, um aviso antecipado de quando há um evento de inundação", explicou à Lusa Manuel Bastos, no último dia da Web Summit que decorre na cidade brasileira do Rio de Janeiro.

O dispositivo que os antigos colegas do Instituto Superior Técnico de Lisboa criaram consegue detetar com antecipação inundações, permitindo o envio de dados em tempo real para as autoridades competentes.

A startup portuguesa já colabora com algumas cidades em Portugal, como Lisboa e Oeiras, explicou Manuel Bastos, mas ambiciona agora o gigante 'continente' brasileiro.

O Brasil registou mais de 1.000 desastres naturais em 2023, um número recorde para o país, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

De acordo com dados do órgão responsável pela prevenção e gestão da atuação governamental de desastres naturais, citados pela imprensa brasileira, foram 1.161 eventos, sendo 716 associados a eventos hidrológicos, como transbordamento de rios.

Três semanas antes vieram ao Brasil reunir com várias prefeituras e o "feedback foi excelente ao nível de necessidade", indicou o português, acrescentando que essa viagem e agora a Web Summit fez com que a ambição de criar no Brasil a empresa se tornar-se realidade.

 "Houve um feedback extremamente positivo, o que de facto solidificou a nossa ideia de que o Brasil será o nosso próximo grande mercado", frisou.

O cofundador da greenmetrics.ai deixou ainda elogios à iniciativa da Startup Portugal que apoia estas empresas embrionárias portuguesas na vinda ao Brasil.

 "Fazer a travessia atlântica para cá é um esforço muito grande e iniciativas como esta da startup Portugal são fantásticas", sublinhou.

O Riocentro, realizado na Barra da Tijuca, que termina hoje, recebeu mais de 30.000 participantes, de pelo menos 100 países, mais de 1.000 'startups', cerca de 600 investidores e 600 oradores, numa estrutura apoiada por mais de 210 parceiros e 400 voluntários, de acordo com a organização.

Do lado português, estão presentes 31 'startups' ligadas a áreas de soluções de 'software', metaverso, inteligência artificial e 'blockchain', entre outras, numa participação recorde.

Na edição anterior, 25 'startups' portuguesas participaram no evento, sendo a segunda maior delegação estrangeira logo atrás dos Estados Unidos.

Cabo Verde é outro dos países lusófonos representados, com três 'startups' a participarem no evento que decorre de 15 a 18 no Rio de Janeiro.

O evento tecnológico, que nasceu em 2010 na Irlanda, passou a realizar-se na zona do Parque das Nações, em Lisboa, em 2016 e vai manter-se na capital portuguesa até 2028. A empresa registou também, além do Rio de Janeiro, uma expansão para o Médio Oriente, com a Web Summit Qatar que se realizou no início de 2024.

Leia Também: Cosgrave espera igual empenho do novo Governo para evento em Portugal

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