O juiz federal Amit P. Mehta anunciou esta segunda-feira, dia 5, a decisão do caso que opunha o Departamento de Justiça dos EUA à Google, onde considerou que a gigante tecnológica “é monopolista” e que “agiu como tal para manter o seu monopólio”.
Este monopólio foi mantido com a Google a fazer acordos com outras empresas de forma a ter o seu motor de busca em destaque, cimentando assim a sua posição dominante neste mercado.
Entretanto, foram tornadas públicas declarações e documentos sobre o caso que mostram que, para as empresas com que a Google fez outros acordos, nunca houve alternativa ao motor de busca desta tecnológica.
A Apple foi uma das empresas visadas neste processo, com o vice-presidente sénior de serviços da Apple, Eddy Cue, a afirmar em tribunal “não há preço que a Microsoft poderia ter oferecido” para que o Bing fosse o motor de busca dos iPhones e de outros produtos da ‘Empresa da Maçã’.
“Não acredito que haja um preço no mundo que a Microsoft poderia nos oferecer”, adiantou Cue de acordo com o site The Verge, indicando que não haveria qualquer hipótese de o Bing se tornar o motor de busca pré-definido do iPhone. “Eles fizeram a oferta para termos o Bing de graça. Eles até poderiam ter dado a empresa inteira".
Cue notou também que o reconhecimento de marca do Google é superior ao do Bing da Microsoft. “É um grande produto para os nossos clientes e queremos que os nossos clientes saibam que estão a receber o motor de busca Google. O Google é o melhor motor de busca”, afirmou o executivo, notando que a Apple e a Google têm uma relação simbiótica.
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