Educação para a cibersegurança deve ser mais ampla e permanente

Um estudo divulgado hoje defende que a educação para a cibersegurança em Portugal deve ser mais ampla, permanente e integrada, indo para além da disciplina de Tecnologias de Informação e Comunicação para que os alunos desenvolvam hábitos consistentes.

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Lusa
12/12/2024 14:06 ‧ há 2 horas por Lusa

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Cibersegurança

Realizado pela Universidade do Porto para o Observatório de Cibersegurança do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), o documento faz o mapeamento das iniciativas, programas e conteúdos curriculares de cibersegurança no ensino básico e secundário em Portugal, comparando essas práticas com as de outros países da União Europeia.

 

Este estudo incluiu ainda a análise de documentos estratégicos, manuais escolares e um inquérito feito aos Agrupamentos de Escolas e Escolas não agrupadas a nível nacional, para identificar as iniciativas desenvolvidas e a frequência com que a cibersegurança é abordada nas disciplinas.

De acordo com o "Estudo sobre a Educação para a Cibersegurança no Ensino Básico e Secundário em Portugal", a aprendizagem "deve ser mais ampla e integrada, sendo essencial desenvolver de forma contínua atividades de segurança digital em várias disciplinas escolares, indo além das Tecnologias de Informação e Comunicação, para que os alunos desenvolvam hábitos consistentes ao longo dos anos".

Esta abordagem, recomenda ainda o documento, "deve ser tanto quanto possível permanente e integrada, e não figurar apenas em eventos/atividades pontuais desenvolvidas pelas Escolas".

Por outro lado, o estudo considera fundamental a formação contínua de professores, bem como a colaboração com bibliotecas, autarquias e com o Centro Nacional de Cibersegurança, "para expandir e ampliar o alcance das iniciativas desenvolvidas".

A criação de um ecossistema digital de gestão de atividades de cibersegurança nas escolas e a implementação de processos contínuos de monitorização e avaliação - que podem incluir a aferição dessas competências em momentos específicos, como por exemplo, a meio do 3.º ciclo - são também vistas como "essenciais" para potencializar os resultados e garantir que a Cibersegurança seja incorporada de forma eficaz e estratégica no ambiente educativo.

De acordo com o estudo, a disciplina de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) é o espaço curricular em que as iniciativas de cibersegurança são mais frequentes, com caráter opcional ou obrigatório de acordo com o ciclo de ensino.

Os dados demonstram que as iniciativas ligadas à Cibersegurança são desenvolvidas principalmente para alunos do 2.º (42,57%) e 3.º ciclos (49,01%), com atividades distribuídas ao longo do ano.

Em menor escala, há atividades contínuas para alunos do Ensino Secundário (31,68%) e professores (31,19%).

Já para encarregados de educação e alunos do 1.º ciclo, as atividades são menos frequentes, concentrando-se geralmente em apenas um dia ou semana por ano (38,61% e 37,13%, respetivamente).

Segundo o estudo, apesar de ter iniciado a sua transformação digital recentemente, Portugal demonstra um crescimento expressivo nesse campo, apresentando resultados comparáveis aos de outros países europeus, como Bélgica e Dinamarca, no que às competências digitais dos jovens diz respeito.

Esses indicadores, refere o documento, são superiores aos observados na Alemanha e Itália, mas inferiores aos da Finlândia, Estónia, Espanha e França.

Leia Também: Mais de 20 contributos recebidos sobre novo regime de cibersegurança

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