NASA analisa alternativas para trazer amostras recolhidas por robô em Marte

A NASA anunciou na terça-feira que está a considerar duas opções para realizar a complicada e dispendiosa tarefa de transportar para a Terra as amostras de solo marciano recolhidas pelo robô Perseverance, algumas envolvendo parcerias com privados.

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Lusa
08/01/2025 06:45 ‧ há 20 horas por Lusa

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A agência espacial norte-americana pretende escolher entre uma das duas opções definidas até ao momento a partir do segundo semestre de 2026.

 

O administrador da NASA, Bill Nelson, detalhou em videoconferência que uma das opções basear-se-ia nas novas possibilidades comerciais de levar a carga útil do módulo de aterragem à superfície de Marte e implicaria um custo que variaria entre os 5.800 e os 7.100 milhões de dólares.

A outra estratégia de recolha de cerca de 30 amostras que o Perseverance apanhou "vai aproveitar os projetos de sistemas de entrada, descida e aterragem realizados anteriormente, nomeadamente o método do guindaste aéreo, demonstrado com as missões Curiosity e Perseverance", segundo a agência espacial.

Esta opção implicaria um orçamento entre 6.600 e 7.700 milhões de dólares, revelou Nelson, que especificou que para prosseguir a análise de ambas as "arquiteturas" será necessário que o Congresso aprove uma dotação de 300 milhões de dólares para o ano fiscal de 2025.

Esta nova abordagem garante que a NASA consegue trazer as amostras de Marte com "economias significativas de custos" e de tempo comparativamente ao plano anterior, acrescentou o administrador cessante da NASA, que estima que com base em qualquer uma destas duas alternativas as amostras poderão chegar à Terra entre 2035 e 2039.

"Estas amostras têm o potencial de mudar a forma como compreendemos Marte, o nosso universo e, em última análise, a nós próprios", sublinhou Nelson.

As amostras recolhidas pelo rover Perseverance, que descolou em julho de 2020 e chegou ao Planeta Vermelho a 18 de fevereiro de 2021, permitirão decifrar se o planeta vizinho já acolheu vida.

Para ambas as opções possíveis, está contemplada uma versão mais pequena do veículo que voará com as amostras de Marte até à nave da Agência Espacial Europeia (ESA) que estará a orbitar o planeta vermelho e será responsável pelo transporte da carga até à Terra.

Os painéis solares da sonda serão substituídos por um sistema de energia radioisótopo que pode fornecer energia e calor durante a época de tempestades de poeira em Marte, destacou na terça-feira a agência norte-americana.

Bill Nelson revelou também na terça-feira que até ao momento não falou sobre este programa com o próximo responsável da NASA, o milionário Jared Isaacman, nomeado pelo presidente eleito, Donald Trump, para liderar a agência espacial norte-americana.

Para o ainda responsável, é "responsável" oferecer alternativas à nova administração.

Leia Também: NASA quer reduzir custo da missão para recolher amostras de Marte

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