Foguetão da SpaceX transporta duas sondas para a Lua

Um foguetão da SpaceX com duas sondas de empresas privadas a bordo para missões na Lua, uma americana e outra japonesa, descolou hoje do Centro Espacial Kennedy, na costa leste dos Estados Unidos.

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© Getty Images

Lusa
15/01/2025 07:59 ‧ há 3 horas por Lusa

Tech

Elon Musk

O foguetão Falcon 9 da empresa do multimilionário Elon Musk vai enviar para o espaço o robô espacial Blue Ghost, desenvolvido pela Firefly Aerospace por conta da agência espacial americana, NASA, e o robô espacial Resilience da empresa japonesa ispace.

 

Ambos esperam reproduzir a façanha da empresa americana Intuitive Machines, que conseguiu aterrar uma nave espacial na superfície lunar no início de 2024, uma estreia mundial para uma empresa privada.

Até então, esta manobra delicada só tinha sido conseguida por um punhado de países, a começar pela União Soviética em 1966.

Esta será a primeira tentativa da Firefly Aerospace e a segunda da ispace, cuja nave não conseguiu efetuar uma aterragem lunar suave em 2023.

O robô espacial americano Blue Ghost passará cerca de 45 dias no espaço em deslocação, em direção à Lua, e leva a bordo dez instrumentos científicos da NASA.

O Resilience, por sua vez, irá demorar entre quatro e cinco meses a chegar à Lua, e transporta um 'rover', instrumentos científicos desenvolvidos por outras empresas e uma maquete de uma casa, desenhada pelo artista sueco Mikael Genberg.

O objetivo declarado da ispace é efetuar demonstrações tecnológicas de vários destes instrumentos na Lua.

"É importante questionarmo-nos a nós próprios, depois dos fracassos e de termos aprendido com eles", afirmou na semana passada o fundador e diretor executivo da ispace, Takeshi Hakamada.

"Estamos a demonstrar a nossa capacidade de resistência", acrescentou hoje o executivo, antes da descolagem.

Do lado americano, a NASA planeia utilizar o Blue Ghost para realizar "uma vasta gama de pesquisas científicas", desde "compreender a poeira lunar até à caracterização da estrutura e das propriedades térmicas do interior da Lua", explicou Maria Banks, cientista sénior da agência.

A NASA planeia, por exemplo, perfurar o solo lunar e testar tecnologias destinadas a melhorar a navegação, com o objetivo de aumentar o conhecimento da Lua e ajudar a preparar "futuras missões humanas".

Os Estados Unidos têm como objetivo enviar astronautas para a Lua num futuro próximo. Depois de vários adiamentos, a NASA tem agora como objetivo um regresso em "meados de 2027".

A Firefly Aerospace e a ispace procuram consolidar as respetivas posições num mercado em expansão, com cada vez mais voos para a Lua, planeados por governos e empresas privadas.

"Cada passo que dermos fornecerá dados valiosos para futuras missões e garantirá que os Estados Unidos e os seus parceiros internacionais permanecem na vanguarda da exploração espacial", sublinhou Jason Kim, diretor executivo da Firefly Aerospace.

A NASA decidiu, há vários anos, encarregar empresas privadas, incluindo a texana Firefly Aerospace, de enviar equipamento e tecnologia para a Lua - um programa chamado CLPS, concebido para reduzir os custos das missões.

Este é o terceiro lançamento no âmbito deste programa, tendo a primeira missão falhado e a segunda sido levada a cabo pela Intuitive Machines, que conseguiu aterrar na Lua, embora num ângulo errado.

Leia Também: Foguetão da SpaceX levou satélites portugueses para o Espaço. Eis o vídeo

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