Um grupo de ‘hackers ligados à Rússia conhecidos como Star Blizzard atacaram contas de WhatsApp, tendo como alvo ministros e oficiais de governos um pouco por todo o mundo. Neste ataque, as vítimas receberam e-mails onde eram convidadas a juntar-se a grupos de conversa na app de mensagens.
O alerta foi lançado pela Microsoft que, por via de uma publicação de blogue, explica o método do ataque e onde aponta que foi detetado em novembro de 2024.
A tecnológica de Redmond explica que as vítimas receberam e-mails dos 'hackers' a fazerem-se passar por membros do governo dos EUA, convidando-os a clicarem num código QR que lhes dava acesso às contas alheias de WhatsApp.
"O responsável pode ter acesso às mensagens de WhatsApp e ter a capacidade de extrair estes dados", nota a Microsoft.
Enviado com a promessa de que os ministros e oficiais governamentais seriam adicionados a um grupo de WhatsApp, este código QR conectava a conta das vítimas a dispositivos externos ou até à versão 'desktop' do serviço de mensagens - o WhatsApp Web.
Recordar o The Guardian que o grupo Star Blizzard já foi denunciado pelo Centro Nacional de Cibersegurança do Reino Unido como tendo ligações à agência de espionagem da Rússia, o Serviço Federal de Segurança.
A Microsoft não indicou quais são os países cujos ministros foram alvo desta campanha da Star Blizzard, mas deixou o conselho para potenciais vítimas deste grupo se "manterem sempre vigilantes" - em particular no que diz respeito a e-mails que direcionam para 'links' externos.
"Caso tenham dúvidas, contactem a pessoa que pensam que está a enviar o e-mail a usar um endereço de e-mail conhecido ou anteriormente usado, isto de forma a verificar que o e-mail foi de facto enviado por ela", nota a Microsoft.
[Notícia atualizada às 12:56]
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