De acordo com o jornal South China Morning Post, a Administração Estatal de Ciência, Tecnologia e Indústria para a Defesa Nacional da China está à procura de profissionais com experiência em monitorização de asteroides e sistemas de alerta precoce.
A iniciativa está em linha com a estratégia de defesa planetária mais alargada do país asiático, que inclui uma missão de desvio de asteroides planeada para 2027.
A China tem estado a trabalhar no desenvolvimento de tecnologias para seguir, analisar e potencialmente alterar a trajetória de objetos próximos da Terra. A NASA e a Agência Espacial Europeia (ESA) tiveram programas semelhantes no passado.
Na sexta-feira, a ESA atualizou para 2,2% a probabilidade de o asteroide 2024 YR4 atingir a Terra em 2032, colocando-o no topo da lista de risco da agência.
O asteroide, com uma largura estimada entre 40 e 90 metros, foi descoberto pelo Instituto de Astronomia da Universidade do Havai no final de dezembro.
A descoberta ativou mecanismos globais de resposta a asteroides, depois de as probabilidades de impacto com a Terra terem ultrapassado um limiar de monitorização internacional.
O anúncio da Administração Estatal de Ciência, Tecnologia e Indústria para a Defesa Nacional da China visa o recrutamento de três profissionais para um "posto de defesa planetária".
O centro, que é responsável pela investigação e implementação de engenharia aeroespacial e pela observação da Terra, está a recrutar licenciados para estudar a monitorização de asteroides e criar métodos de alerta precoce, de acordo com o anúncio, publicado na conta WeChat da revista China Space Science and Technology.
Existem vários métodos que podem ser utilizados para tentar impedir que um asteroide atinja a Terra. No primeiro teste de defesa planetária bem-sucedido do mundo, em 2022, a agência espacial norte-americana Nasa alterou a trajetória de um asteroide ao provocar um embate contra uma nave.
Os cientistas poderão seguir o 2024 YR4 até abril de 2025, com a próxima oportunidade de observação a chegar em 2028. No início de fevereiro de 2025, a NASA colocou o asteroide no nível 3 da Escala de Perigo de Impacto de Torino, uma classificação que indica uma situação que merece atenção, mas não preocupação imediata.