Em comunicado de hoje, o INESC TEC explica que a ferramenta permite analisar as micro-redes, responsáveis por assegurar o fornecimento de energia elétrica, autonomamente, a regiões remotas, independentemente de estas se encontrarem ou não ligadas à rede principal.
Citado no comunicado, o diretor de Smart Grids da Energy Management da Siemens Portugal, Luis Marçal, refere que a empresa escolheu o INESC TEC para desenvolver esta tecnologia, devido à sua "grande experiência e conhecimento na área das soluções para redes isoladas e fornecimento de energia em áreas remotas".
"Estas duas características dão-nos a possibilidade de implementar de forma eficiente uma simulação robusta que se adeque às necessidades dos nossos clientes à escala mundial", acrescentou.
A ferramenta, um modelo de simulação e metodologias de cálculo, vai permitir analisar o funcionamento das micro-redes em diversas condições, tornando-se numa "mais-valia" para encontrarem as soluções adequadas para cada caso.
"Queremos criar um modelo que nos permita fazer estudos de integração de energias renováveis, como a solar, fotovoltaica ou eólica, em redes isoladas para ajudar na gestão operacional da rede", explica o administrador do INESC TEC, João Peças Lopes, que vai participar no projeto.
A utilização eficiente das micro-redes reduz as emissões de CO2 e diminui os custos totais do sistema elétrico, "uma vez que com a integração segura de fontes de energia renovável é possível reduzir significativamente os custos associados aos combustíveis fósseis que estão tipicamente na base da operação destas redes", lê-se ainda no comunicado.
O contrato vai ser assinado pelo presidente do Conselho de Administração do INESC TEC, José Manuel Mendonça, e pelo líder do grupo de Micro-Grid da divisão Energy Management da Siemens AG, Constantin Ginet, no edifício sede do instituto, localizado na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).