"O Wolfsburg retomará os treinos na segunda-feira, conforme estava planeado, ainda que sob condições especiais e cumprindo rigorosas medidas de higiene. A partir do início da manhã, a equipa irá trabalhar sob a orientação do Oliver Glasner, em pequenos grupos e em intervalos escalonados no Volkswagen Arena, usando exclusivamente a academia até novo aviso", pode ler-se no comunicado do clube divulgado hoje no seu sítio oficial.
O Diretor-Geral do clube, Jorg Schmadtke, justificou a decisão com a data que, para já, está prevista para o recomeço da 'Bundesliga'.
"Como as coisas estão neste momento, os jogos [da Bundesliga] serão retomados depois de 02 de abril. Mesmo que isso pareça irrealista, temos de tê-lo em conta e adaptar-nos a isso", explicou.
O mesmo dirigente alemão afirmou ao jornal francês L'Equipe que "partindo do princípio" de que o jogo no estádio do Bayer Leverkusen será a 04 de abril, "o Wolfsburgo decidiu retomar os treinos na segunda-feira, apesar da pandemia do coronavírus".
"Uma vez que essa jornada do campeonato ainda não foi cancelada, decidimos começar a treinar tendo em vista essa partida", disse Schmadtke, esclarecendo que a sessão de treinos não se realiza, como habitualmente, no centro de treinos do clube, mas sim no estádio Volkswagen-Arena.
Numa fase inicial, todo o plantel irá concentrar o trabalho numa zona mista do estádio, que é suficientemente ampla para que cada jogador esteja separado por um metro e meio de distância.
"O treino será realizado com quatro grupos distintos na sala de musculação, com quatro balneários e quatro espaços com chuveiros que serão todos desinfetados. Não haverá treino no relvado", explicou Schmadtke, em declarações ao jornal francês.
Segundo este, a Liga Alemã (DFL) deverá anunciar na terça-feira o adiamento do recomeço da 'Bundesliga' para final de abril, o que, a acontecer, implicará imediata interrupção dos treinos do Wolfsburgo até nova ordem.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 324 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 14.300 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro de 2019, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu tornou-se o epicentro da pandemia, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais (5.476), o que levou vários países a adotarem medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
A Alemanha está entre os países com maior número de atingidos pela covid-19, que ascendem já a 18.616, com 55 vítimas mortais, de acordo com os dados hoje divulgados pelo Instituto Robert Koch (organismo responsável pela contabilização de casos na Alemanha).
Porém, a Universidade John Hopkins, nos Estados Unidos (EUA), projetou hoje que o total de infetados seja de 23.921, e que haja já 92 mortes.
Em Portugal, que se encontra em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira, a Direção-Geral da Saúde elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 1.600, mais 320 do que no dia anterior. O número de mortos no país subiu para 14.