"Grande desafio que cidadãos sintam" que turismo é "vantagem competitiva"

O secretário de Estado do Turismo vê como um grande desafio fazer com que os cidadãos, em particular os portugueses, sintam a vantagem competitiva que é ter turismo no país, setor que pretende reforçar com novas rotas.

© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Economia Governo 26/10/24 POR Lusa

 "É um grande desafio que os cidadãos, e em particular os portugueses, sintam a vantagem competitiva que é termos turismo e a nossa estratégia [...] vai nesse sentido, de reforçarmos não só a nossa própria autoestima quando recebemos, mas reforçarmos aquilo que é particularmente apreciado pelos cidadãos estrangeiros que vêm para Portugal: a hospitalidade portuguesa", disse.

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Pedro Machado falava no encerramento do 49.º Congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens (APAVT), em Huelva, Espanha.

O secretário de Estado lembrou que a hospitalidade portuguesa "é um ativo" do destino.

"Aliás, Taleb RifaI, o anterior secretário-geral da OMT [Organização Mundial do Turismo], dizia-nos uma vez numa conferência em Lisboa que nós temos coisas extraordinárias: 'clima, gastronomia, vinhos, paisagem, mas há uma coisa que vocês têm que é verdadeiramente fantástica, são vocês os portugueses'. Nós às vezes temos dificuldade em receber e em partilhar isto, que é tão apreciado" por estrangeiros, sublinhou.

Os benefícios do turismo, considerado há muito tempo um dos principais motores de crescimento da economia nacional, têm sido alvo de contestação por parte de alguns grupos da sociedade e em algumas cidades - à semelhança do que acontece noutras partes da Europa - com o argumento de que tira condições de vida aos residentes, pelo excesso de tráfego, ou pelo aumento de preços que provocou no imobiliário, por exemplo.

Nesta reunião magna anual da APAVT, que começou na quinta-feira e juntou cerca de 750 congressistas de várias atividades do setor do turismo, foi sendo realçada a importância do turismo para o crescimento económico de Portugal e afastada a incerteza de até há poucos meses de que 2024 poderia ser de consolidação dos resultados anteriores.

Atualmente, tendo em conta os dados de agosto - últimos disponíveis - e o sentimento dos empresários do que aconteceu em setembro, a expectativa é que o final do exercício acabe com crescimento turístico, logo a bater novo recorde.

Para continuar a crescer e a reforçar o posicionamento de Portugal, o secretário de Estado anunciou o reforço da estratégia para captar mais turistas da Coreia do Sul, Estados Unidos, Canadá, México e Brasil. Turistas com "qualificação e capacidade financeira maior", lembrou.

Em 08 de maio, o Turismo de Portugal destacou o "impacto positivo" na promoção do turismo internacional para o país da nova ligação aérea direta entre Seul e Lisboa, a operar desde setembro pela Korean Air.

Referindo que a nova rota é "o culminar de um trabalho colaborativo intenso" com a ANA Aeroportos e a Korean Air, acrescentou que representa a segunda ligação direta da Ásia para Portugal e "deverá potenciar novas oportunidades de mercado não só na Coreia, mas também no Japão, onde a Korean Air tem uma forte presença consolidada e poderá captar uma fatia importante do mercado japonês através das suas ligações via Seul".

Hoje, Pedro Machado lembrou, tal como o Turismo de Portugal, que a Coreia do Sul é um dos mercados asiáticos muito promissores para o setor, tendo-se destacado em 2023 como o 25.º mercado turístico da procura externa aferido pelo indicador dormidas e o 19.º no indicador hóspedes.

Já a companhia aérea disse, na altura, que os voos irão decorrer durante quase dois meses, pelo menos até 25 de outubro, mas admitiu que "também tem planos para prolongar a operação desta rota durante a época de inverno".

A Korean Air sublinhou que a nova ligação a partir de Incheon irá oferecer "os únicos voos diretos entre Lisboa e o nordeste da Ásia", região que inclui o Japão, a Mongólia e o extremo oriente da Rússia.

[Notícia atualizada às 22h52]

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