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Numa informação publicada hoje nas redes sociais, a embaixada avança com recomendações para os que se encontram no país africano e alerta aqueles que têm viagens marcadas para Moçambique para a possibilidade de terem de as cancelar.
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Na mesma nota, a embaixada informa ainda que está aberta no seu horário habitual, especialmente para atendimento consular, e solicita que o seu telefone para emergências consulares seja utilizado "estritamente nesses casos".
Em Moçambique, os protestos nas ruas já provocaram mortos e feridos, após a divulgação dos resultados das eleições de 09 de outubro.
O candidato presidencial Venâncio Mondlane apelou a uma greve geral de uma semana em Moçambique a partir de hoje, manifestações nas sedes distritais da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e marchas em Maputo em 07 de novembro.
As manifestações convocadas por Mondlane nos dias 21, 24 e 25 degeneraram em confrontos com a polícia, de que resultaram pelo menos dez mortos, dezenas de feridos e 500 detidos, segundo o Centro de Integridade Pública, uma Organização Não-Governamental moçambicana que monitoriza os processos eleitorais.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique anunciou, em 24 de outubro, a vitória de Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder desde 1975) na eleição para Presidente da República, com 70,67% dos votos.
Venâncio Mondlane, apoiado pelo Podemos (extraparlamentar), ficou em segundo lugar, com 20,32%, mas afirmou não reconhecer estes resultados, que ainda têm de ser validados e proclamados pelo Conselho Constitucional.
A Frelimo reforçou ainda a maioria parlamentar, passando de 184 para 195 deputados (em 250), e elegeu todos os dez governadores provinciais do país.
Além de Mondlane, o presidente da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo, atual maior partido da oposição), Ossufo Momade, um dos quatro candidatos presidenciais, disse que não reconhece os resultados e pediu a anulação da votação, e o candidato presidencial Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), recusou igualmente os resultados, considerando que foram "forjados na secretaria", e prometeu uma "ação política e jurídica" para repor a "vontade popular".
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