Volkswagen Polo 1.0 TSI R Line: Podemos chamar-lhe um 'mini Golf'?

Fizemo-nos à estrada com a renovada sexta geração do Volkswagen Polo. Pudemos ensaiar a versão 1.0 TSI R-Line, que é como quem diz uma das versões mais apimentadas deste modelo.

Entre Lisboa e Portimão, e Portimão e Lisboa, os largos quilómetros percorridos fizeram-nos perceber que, primeiro, não cansa conduzir o Polo. Segundo, de ajudas à condução e tecnologia este modelo está também muito apetrechado. Por fim, mas não menos importante, o terceiro ponto. Em termos de consumo, não podemos dizer que ficámos realmente satisfeitos. Mas já lá vamos.

Nova imagem

No exterior, o Polo parece-se cada vez mais com o 'irmão' mais velho, o Golf. Não só em termos de design, é verdade, mas é aqui que os dois modelos mais se assemelham. Equipado com os novos faróis IQ.LIGHT LED matrix (opcional), destacamos também os para-choques redesenhados, que nesta versão R-Line se tornam mais desportivos.

As luzes traseiras estão agora também menos quadradas do que o habitual, outro dos pormenores que aproxima o Polo ao 'mano' mais velho.

Muita tecnologia e ajuda à condução

Foi talvez neste campo que o Polo mais nos surpreendeu ao longo dos mais de 1.000 quilómetros percorridos. Com o Travel Assist - condução autonóma de nível 2 - uma viagem pode tornar-se muito menos cansativa porque este sistema permite manter o automóvel na faixa de rodagem, e manter a velocidade e a distância de segurança para o automóvel da frente. O desafio é até não relaxar demais e manter-se atento ao que o rodeia.

Como refere a Volkswagen, este sistema é "baseado na fusão do Adaptive Cruise Control (ACC) com o Lane Assist, combinando a orientação lateral e longitudinal".

No interior encontramos muitas novidades, em particular o novo volante multifunções e o cockpit digital de 8 polegadas, que está disponível de série em todas as versões. No ecrã de infoentretenimento de 8 polegadas, tudo é touch. Tudo ou quase tudo, porque ainda se pode aumentar ou diminuir o som do rádio/multimédia com acesso à tradicional 'rodinha'.  Ainda na temática da tecnologia, não podemos deixar de fazer o reparo. Teria sido mais fácil a Volkswagen colocar entradas USB normais para facilitar o carregamento de telemóveis.

A condução

Nesta versão 1.0 TSI tivemos à disposição no pé direito 110 cv de potência, o que aliado à caixa automática DSG de sete velocidades, pode tornar a condução bastante prática e divertida. O Polo oferece a possibilidade de mudar de relações também de forma manual, através das patilhas alocadas atrás do volante, o que poder tornar a experiência de condução mais prazerosa, se for adepto desta modalidade.

Acredite, para o segmento em que está inserido, podemos afirmar que o Polo não se comporta nada mal. Por outro lado, foi complicado conseguirmos equilibrar a diversão com a vontade de alcançar uma boa média no que ao consumo de combustível diz respeito. Mesmo optando por uma condução muito controlada, podemos dizer com toda a certeza que é impossível chegar aos 5,6l aos 100 km corroborados pela Volkswagen. 

Em suma, os rivais, mais concretamente o Peugeot 208 e o Renault Clio, certamente que não se podem ficar a rir porque a Volkswagen fez um bom trabalho neste mini G... perdão, Polo. Esta versão em particular custa 27.890,68 euros, mas os preços do Volkswagen Polo iniciam-se nos 18.640 euros.

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ANÁLISE

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Muito fácil de conduzir e, sobretudo, divertido. Ágil, com uma boa posição de conduzir, nem dá pelas horas passar ao volante deste Polo. A imagem melhorou, os materiais de construção são razoáveis e oferece bastante espaço tendo em conta o segmento onde se insere. Tem tudo para se manter como um dos modelos mais vendidos da VW, apesar dos consumos serem ligeiramente superiores àqueles que gostaríamos de ter num Polo.

• Design arrojado
• Espaço no interior
• Ajudas de condução e tecnologia

• Preço elevado desta versão
• Consumos relativamente altos para o dia-a-dia