No CX-60 híbrido plug-in, a Mazda quis incorporar o seu ADN, desde o design exterior e de interiores, até aos mais refinados conceitos de artesanato japonês. Será que conseguiu?
O Auto ao Minuto esteve ao volante deste SUV da fabricante nipónica e é com segurança que afirmamos que esta é uma candidatura firme da Mazda ao segmento premium. De que forma? Estes cinco pontos falam por si.
Conforto
O CX-60 é um carro pensado para o segmento premium e, por isso, as expectativas em alguns pontos não podiam ser baixas. Apesar disso, é com toda a certeza que afirmamos que este SUV da Mazda é um dos melhores no que ao conforto oferecido diz respeito.
Espaço não falta nos quase cinco metros de comprimento. Visualmente, por fora, o SUV parece realmente oferecer muito espaço no seu interior e quando entramos no habitáculo essa ideia não desaparece. Três passageiros atrás viajam de forma tranquila, mas à frente, como condutores, temos que frisar que a posição de condução é bastante boa e os extras como a regulação de bancos eletrónica, o aquecimento dos mesmos e do volante faz com que a condução seja muito agradável.
Estar no trânsito pode ser menos mau se estiver ao volante de um CX-60. De referir ainda que este modelo recebeu as cinco estrelas no teste de segurança realizado pelo Euro NCAP.
Sistema híbrido
Com o motor de quatro cilindros Skyactiv-G de 2.5 litros, mas modificado, este CX-60 é ainda alimentado por um motor elétrico de grandes dimensões de 129 kW (175 cv). Na totalidade, o SUV de quase toneladas tem ao dispor 327 cv de potência, o que é mais do que suficiente para o que se exige de um modelo como o CX-60.
A bateria é de 17,8 kWh de capacidade e oferece ao condutor uma autonomia anunciada de 60 km. Contudo, o número pode ser ainda maior, caso seja bem utilizado. Na verdade ficámos bastante agradados com a forma como recupera energia de forma automática. É certo que poderia existir um modo que nos permitisse escolher ou não se queríamos recuperar mais ou menos energia, mas caso esgote os quilómetros de autonomia elétrica, rapidamente os vai recuperar mesmo sem ligar o CX-60 à tomada.
Numa utilização em cidade, e com a bateria carregada, facilmente atingimos os valores de consumo apresentados pela Mazda – na ordem dos 1,5/2 litros a cada 100 km. Caso optemos por uma condução com recurso apenas do motor de combustão, os números sobem para uns 7l/100 km. Já o consumo elétrico ronda os cerca de 25 kWh/100 km.
Boa insonorização
É quase um subcapítulo, que poderíamos colocar dentro do conforto. Contudo preferimos destacar a boa construção nipónica e o sucesso ao nível da insonorização.
Ao longo dos quatro dias em que pudemos estar ao volante deste CX-60 2.5 e-Skyactiv um dos pontos mais evidentes foi o prazer na tranquilidade da condução proporcionada pela capacidade de isolar o som proveniente do exterior. Já que falamos no som, aproveitamos para elogiar também o sistema de som da Bose, que conta com um subwoofer instalado por baixo do piso da bagageira.
Design interior e qualidade dos materiais
Foi-nos permitido ensaiar o CX-60 com o nível de equipamento Takumi, que é a versão mais equipada e luxuosa da gama. Com uma inspiração tipicamente japonesa, a luminosidade de todo o interior combina na perfeição com a sensação oferecida pelo tato dos materiais. É caso para dizer que agrada tanto à vista, bem como ao toque.
Uma palavra ainda para toda a ergonomia do interior, o ecrã de multimédia de 12,3 polegadas, o teto panorâmico e para a panóplia de tecnologias que temos ao dispor em exclusivo nesta versão Takumi como o Sistema de personalização de condução com identificação individual, espelho retrovisor exterior com memória e ainda o ajuste elétrico do volante.
Espaço de sobra, mas complica em cidade
Como já falámos, o espaço no interior é muito e gera um conforto premium, não obtido em qualquer automóvel. A bagageira oferece 570 litros de capacidade, um número que ascende aos 1.726 com os bancos traseiros rebatidos.
Um carro ótimo para uma família numerosa, mas que não cabe em qualquer lugar. Na área metropolitana de Lisboa, como sabemos, os lugares de estacionamento em alguns locais não abundam. E quando conduzimos um Mazda CX-60 ou temos uma garagem ou torna-se mais complicado estacionar em qualquer lugar.
A verdade é que tivemos de procurar espaços mais largos para deixar o carro, uma vez que em duas ou três ocasiões deparámo-nos com a falta de espaço para encaixar este SUV de grandes dimensões. São quase 5 metros de comprimento (4,7 para ser mais preciso) e 1,9 metros de largura. A distância entre eixos é de 2.87 metros.
ESPECIFICAÇÕES TECNICAS
Mazda CX-60 2.5 e-Skyactiv PHEV
MOTOR
Posição | Dianteiro longitudinal |
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Arquitetura | 4 cilindros em linha |
Distribuição | 2 a.c.c., 4 válv./cil. (16 válv.) |
Capacidade | 2488 cm3 |
Potência | 192 cv às 6000 rpm |
Binário | 261 Nm às 4000 rpm |
Potência motor elétrico | 175 cv |
Binário motor elétrico | 270 Nm |
Potência / binário total | 328 cv / 500 Nm |
TRANSMISSÃO
Tração | Integral |
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Caixa de velocidades | Caixa automática de 8 velocidades |
DIMENSÕES E CAPACIDADES
Comp. x Larg. x Alt. | 4745 mm x 1890 mm x 1608 mm |
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Distância entre eixos | 2870 mm |
Capacidade da mala | 570 l |
Rodas | FR: 235/50 R20; TR: 235/50 R20 |
Peso | 2070 kg |
PRESTAÇÕES E CONSUMOS
Velocidade máxima | 200 km/h |
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0-100 km/h | 5,8s |
Consumo misto | 1,5 l/100 km; Autonomia em modo elétrico: 63 km |
Emissões CO2 | 33 g/km |
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ANÁLISE
Um claro concorrente das propostas alemãs. Tem tudo o que é necessário para vingar no mercado com fortes argumentos para o segmento em que está inserido. Alma Mazda faz-se notar.
- Conforto
- Espaço oferecido
- Autonomia em modo elétrico
- Dimensões excessivas
- Classe 2 nas portagens
- Não pode ser carregado em corrente contínua (DC)