"Impossível" para Macau atingir meta para elétricos fixada pela China

O ambientalista Joe Chan Chon Meng disse à Lusa que é "absolutamente impossível" Macau seguir a meta para os veículos elétricos na China continental, de 45% das novas vendas até 2027.

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Lusa
07/02/2025 09:05 ‧ há 2 horas por Lusa

Auto

Macau

No início de janeiro, o Governo chinês divulgou uma lista de objetivos ambientais, que inclui uma revisão em alta da anterior meta para os veículos elétricos, que era de 20% até 2025

 

Na segunda metade do ano passado, os elétricos já representaram mais de metade das vendas de novos veículos, segundo dados da Associação de Automóveis de Passageiros da China.

Na região semiautónoma chinesa de Macau, 31,4% dos novos veículos registados em 2024 eram elétricos, de acordo com dados oficiais.

Mas o presidente da Macau Green Student Union sublinhou que os veículos movidos a combustíveis fósseis "continuam a representar uma grande proporção" do parque automóvel do território.

No final de dezembro, Macau tinha um total de 253.182 veículos, dos quais 12.302 veículos (4,8%) eram elétricos existentes, de acordo com a Direção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT).

Ainda assim, Joe Chan sublinhou que, nos últimos anos, o governo implementou várias medidas para promover o transporte menos poluente, incluindo a criação de mais espaços de carregamento para veículos elétricos.

No final de 2023, Macau dispunha de 2.100 lugares de carregamento elétricos para automóveis ligeiros e 500 para motociclos, indicou a Direção dos Serviços de Proteção Ambiental (DSPA) no seu portal.

As autoridades lançaram em 2023 um plano de apoio financeiro ao abate de motociclos obsoletos e substituição por motociclos elétricos novos, no valor máximo de oito mil patacas (963 euros).

De acordo com a DSAT, em 2024 Macau tinha 128.542 motociclos, sendo que apenas 3,5% eram elétricos, um aumento de 1,4 pontos percentuais em relação ao ano anterior.

Joe Chan sugeriu que as autoridades comecem por restringir os veículos pesados de mercadorias, nomeadamente os usados na construção civil, e os transportes públicos, "uma vez que Zhuhai [a cidade vizinha a Macau] e as zonas limítrofes utilizam gás natural e eletricidade".

Na quarta-feira, responsáveis da DSAT disseram ao canal chinês da Rádio Macau que existem 929 autocarros de nova energia em operação, representando mais de 92% do total, enquanto a proporção de autocarros mais poluentes desceu para cerca de 3%.

Quanto aos táxis, existem 210 unicamente elétricos em circulação, representando cerca de 11,9% do número total, enquanto os táxis híbridos representam cerca de 86,2% do total.

"No entanto, no que se refere aos veículos altamente poluentes, como os camiões e os motociclos pesados, as autoridades ainda não definiram um calendário e um prazo muito claros para a sua eliminação progressiva, pelo que a poluição [que causam] é elevada", lamentou o ambientalista.

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