Citroën imobiliza 236 mil viaturas em França devido a airbags defeituosos

Cerca de 236.900 proprietários de automóveis Citroën no norte de França foram hoje notificados para pararem as viaturas enquanto os airbags são trocados, numa nova vaga de imobilizações associada ainda ao escândalo Takata.

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Lusa
17/02/2025 23:45 ‧ há 3 dias por Lusa

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Estes airbags podem causar ferimentos graves e já causaram pelo menos uma morte na França continental e onze no estrangeiro, onde o clima degrada um dos seus componentes mais rapidamente, segundo o Ministério dos Transportes.

 

Volkswagen, Nissan, BMW e Toyota, entre outras marcas, recolheram milhões de veículos equipados com estes perigosos airbags, estando ainda hoje a decorrer campanhas de recolha.

Após vários acidentes fatais, uma primeira campanha de imobilização - denominada "stop drive" - já tinha sido lançada pela Citroën e pela DS no início de 2024 no sul da Europa e no Magrebe, imobilizando milhares de condutores durante semanas. Em França, isto aplicava-se ao sul do país e aos territórios ultramarinos.

A decisão de iniciar 'recalls' [recolhas, em português] nestas regiões foi tomada "com base em critérios climáticos de longo prazo de calor e humidade", os dois fatores que danificam estes airbags, de acordo com a Stellantis, empresa-mãe da Citroën e da DS.

Os veículos afetados pelo 'recall' de hoje estão localizados a norte de uma linha Lyon-Clermont-Ferrand e foram registados entre 2008 e 2013. A Citroën já os tinha convocado para irem à garagem desde janeiro de 2025, mas sem os imobilizar.

Novos testes realizados num automóvel em Loire-Atlantique, a norte desta linha, mostraram uma "degradação das propriedades" do nitrato de amónio, o produto utilizado para insuflar o assento em caso de acidente.

O grupo Stellantis decidiu, por isso, alargar a medida de imobilização ao resto da França "por precaução".

Desde abril de 2024, no âmbito da primeira vaga de recalls lançada no sul da Europa e no Magrebe, foram reparados mais de 400.000 automóveis, dos 530.000 Citroën C3 e DS3 vendidos entre 2009 e 2019 nas zonas em questão.

Os veículos vendidos entre 2014 e 2019 no norte de França e noutros países europeus, como Alemanha, Áustria ou Suíça, num total de 869 mil veículos, estarão sujeitos a futuras vagas de recolha, mas sem imobilização, especificou a Stellantis.

Ao mesmo tempo, vários proprietários de C3 apresentaram queixas contra a Stellantis por "colocar em risco a vida de outras pessoas" e "práticas comerciais enganosas", exigindo compensação financeira em particular.

O escândalo Takata, que eclodiu em 2014, levou a fabricante japonesa à falência.

Leia Também: Encontrámos uma relíquia. Citroën AX de 1988 tem apenas 52 km

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