Para dar a conhecer "o PRR e a aposta na Reabilitação Urbana", numa sessão que abriu a VII Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa (SRU Lisboa 2021), esta terça-feira, realizado pela Vida Imobiliária, o Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, explicou que "Portugal tem uma estratégia de desenvolvimento sustentável assente na transição energética, que implica a mobilização de todos e, em especial, do setor imobiliário", revela a organizadora do evento.
"A aposta na renovação de edifícios seguindo critérios de sustentabilidade é uma das medidas mais relevantes para fomentar a recuperação da economia no pós-Covid" e, como tal, "é também uma das principais bandeiras do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)", garantiu o ministro.
João Pedro Matos Fernandes aproveitou para lembrar que "o parque edificado é responsável por uma fatia significativa do consumo final de energia, cerca de 30%, e por mais de 36% dos gases com efeito de estufa", pelo que "a descarbonização dos edifícios, associada à neutralidade energética é uma das principais linhas de atuação estabelecidas pelo Governo no Plano Nacional para a Energia e Clima (PNEC 2030)".
Nesse sentido, o ministro referiu que "a profunda renovação do parque de edifícios existentes e a descarbonização dos seus consumos de energia, configura-se como uma medida fundamental para concretização dos objetivos em matéria de energia e clima, mas também para combater a pobreza energética", refere a Vida Imobiliária.
Saliente-se que as metas estratégicas definidas para o setor imobiliário no âmbito do PNEC 2030 estão preconizadas na ELPRE (Estratégia de Longo Prazo para a Renovação de Edifícios), "tem como principal objetivo obter um parque edificado descarbonizado e eficiente energeticamente mediante a transformação dos edifícios existentes em edifícios quase nulos em termos de consumos".
Através do PRR, a ELPRE, explica o ministro do ambiente e da ação climática, "vai disponibilizar fundos de 610 milhões de euros destinados à eficiência energética e melhoria do desempenho ambiental nos próximos cinco anos, dos quais 300 milhões para edifícios residenciais e os restantes 310 milhões de euros para melhorar a eficiência energética nos edifícios de serviços, incluindo 240 milhões para imóveis da Administração Pública e os restantes 70 milhões para privados".
A ELPRE "não só permite concretizar uma estratégia de longo prazo para a reabilitação urbana e a renovação energética do edificado, mas, vem também alterar o paradigma energético das últimas décadas na construção nova contribuindo para o aumento da qualidade dos edifícios existentes e para o aumento do conforto das pessoas, além de gerar grandes ganhos em termos de eficiência energética", salienta ainda o ministro, em sessão de abertura da SRU Lisboa 2021.
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