O home staging, um conceito que visa a promoção de pequenas alterações no imóvel, fazendo com que seja vendido num prazo mais curto e com valorização de preço, está a ganhar terreno em Portugal à medida que o mercado imobiliário está a crescer, revela Lília Vital, da Direção da Agência ERA, na Lagoa.
Com o crescimento do mercado imobiliário português, que se verificou nos últimos anos, o home staging acabou por chamar a atenção de investidores nacionais e internacionais para o parque imobiliário do país, tendo resultado na reabilitação de grande parte dos imóveis que necessitavam de intervenção. E para a imobiliária ERA, este interesse catapultou a importância do home staging na comercialização dos imóveis.
No âmbito do imobiliário, esta ferramenta representa uma mais-valia, independentemente, do segmento de mercado onde é utilizada, pois permite criar, dependendo dos espaços e das carteiras dos clientes, ambientes mais atrativos através de alterações a todos os gostos, refere Lília Vital. Note que estas transformações poderão assumir vários níveis de intervenção, umas mais elaboradas e intensivas, outras mais funcionais e acessíveis, conforme o tipo de imóvel.
"No universo de pessoas que procuram casa para arrendar ou comprar, apenas uma pequena percentagem tem a capacidade de proceder mentalmente à transformação dos espaços e divisões de forma a permitir a sensação de vivência ou, mesmo, alcançar o verdadeiro potencial do imóvel." A técnica do home staging facilita assim este exercício e permite captar e aumentar a atenção do público-alvo, agilizar o processo de arrendamento ou de venda e adicionar valor ao imóvel.
A perceção do espaço e do seu potencial torna-se, assim, um fator de peso na hora da decisão. Refere a ERA que os promotores imobiliários, por exemplo, já atribuem relevância a este indicador há bastante tempo, compreendendo a importância de ter um apartamento modelo em obra nova, de forma a representar a melhor organização do espaço.
Saliente-se que este conceito tem por base técnicas de transformação dos imóveis, com vista a torná-los mais atraentes para os mercados de arrendamento, de compra e venda, sendo também muito utilizado noutros segmentos como o da hotelaria e turismo, com vista a captar o interesse do respetivo mercado, criando uma diversidade rica de alojamentos e oferta de espaços que despertam, por si só, vontade no público de os experienciar.
A diretora da Agência ERA, na Lagoa, faz ainda notar que o investimento na transformação deverá corresponder no máximo até 3% do valor de comercialização do imóvel, tendo em vista uma valorização até 15% após a intervenção.
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