Por vezes, construir uma casa pode ficar mais barato do que comprar uma casa. Isto porque nestas situações, as pessoas tendem em alargar o raio geográfico onde estão dispostas a residir. De acordo com o Doutor Finanças, empresa especializada em finanças pessoais e familiares, atualmente, é possível conseguir um crédito para se comprar o terreno e para construir a casa, num processo que corre em paralelo na mesma instituição.
O interesse por esta solução tem vindo a aumentar, principalmente fora dos grandes centros urbanos. “Estamos a assistir a um aumento da procura por crédito para construção de casas. Viver 24 sobre 24 horas no mesmo espaço, que é a casa, mas também o escritório e a sala de aulas, levou muitas pessoas a pensarem noutras soluções, mesmo que fora dos grandes centros”, refere Rui Bairrada, CEO do Doutor Finanças, citado em comunicado enviado ao Notícias ao Minuto.
Com isso em mente, o Doutor Finanças explica como funciona o crédito habitação para situações em que se quer construir uma casa. Em primeiro lugar, é importante realçar que este tipo de crédito trata-se igualmente de um crédito habitação, no entanto, com caraterísticas diferentes do crédito tradicional para aquisição.
Depois de aprovado, este crédito é disponibilizado por tranches (entre três e seis), à medida que a obra for avançando. Ou seja, há um financiamento que é libertado para a compra do terreno e à medida que a obra vai avançando é alvo de vistorias e são disponibilizadas novas parcelas do financiamento.
Neste contexto, o cliente beneficia de um período de carência de capital, que pode variar entre os 24 e os 36 meses, de forma que o cliente tenha um encargo menor enquanto a sua casa não está concluída.
Assim, o Doutor Finanças considera importante realçar que existem vantagens e desvantagens no recurso a este tipo de financiamento que devem ser tidas em consideração.
Vantagens
- Oportunidade de construir uma casa ao nosso gosto;
- Possibilidade de ter prazos mais alargados, o que leva a ter prestações mais baixas;
- Possibilidade de carência de capital, entre os 24 e os 36 meses;
- O IMT (Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis) para construção é menor face ao da compra de uma casa (nova ou usada).
Isto porque o imposto é pago apenas sobre o valor do terreno que é transacionado. Ou seja, dado que se trata de uma construção e não de uma compra, não temos de pagar o IMT da casa, apenas do nosso terreno.
Desvantagens
- Processo mais lento, relativamente à compra de uma casa construída;
- Necessidade de ter capital próprio.
Sublinhe-se que há instituições que financiam, no máximo 90% do valor do terreno e no projeto de construção, enquanto outros podem financiar 80% para o terreno e chegar aos 100% no da construção. Esta é uma desvantagem que se verifica também no crédito habitação tradicional, uma vez que os bancos só podem financiar em até 90% da operação, faz notar a empresa empresa especializada em finanças.
- Nalgumas situações, a tranche só é libertada se existir já alguma obra feita e se a avaliação feita pelo avaliador cumprir com os valores que permitam libertar a próxima parcela do financiamento;
- Como são necessárias visitas por parte de um avaliador à obra há um custo extra, uma vez que estas avaliações são pagas pelo cliente;
- Quanto mais tempo demorar a construção, mais juros temos de pagar. Especialmente se decorrer algum período de carência de capital, que faz com que o cliente pague apenas os juros sem que o montante em dívida seja reduzido.
Além disso, o crédito para construção é um processo mais demorado que o crédito habitação tradicional, uma vez que o processo de construção tem uma influência direta sobre o processo de financiamento.
Além de todas estas questões particulares, para que o processo de financiamento para a construção seja aprovado é necessário cumprir algumas condições:
- Terreno com viabilidade para construção;
- Apresentação de orçamentos detalhados;
- Deter toda a documentação pessoal necessária;
- Ter uma taxa de esforço comportável com o pedido de um financiamento;
- Estabilidade profissional e financeira;
- Possuir um histórico limpo no Banco de Portugal;
- Ter um montante disponível para a entrada.
Faz ainda notar o Doutor Finanças que estas condições podem diferir de banco para banco e variar de acordo com o perfil. Também com o recurso a este crédito é necessário recorrer à contratação de seguros, nomeadamente o de vida e o multirriscos.
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