Em 18 dos 24 municípios, com mais de 100 mil habitantes, os preços da habitação desaceleraram, informa o Instituto Nacional de Estatística (INE). Deste conjunto, dez pertenciam à Área Metropolitana de Lisboa e três à Área Metropolitana do Porto, mostram dados divulgados esta quinta-feira.
Segundo o INE, no 1.º trimestre de 2021, o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi 1.241 euros por m2, representando uma taxa de variação homóloga de +3,1%.
Em 10 NUTS III, houve uma desaceleração dos preços da habitação superior à verificada no país (-4,7 pontos percentuais), incluindo o Algarve (-5,8 p.p.) e a Área Metropolitana de Lisboa (-5,5 p.p.), pode ler-se nas Estatísticas de Preços da Habitação ao nível local hoje divulgadas pelo INE.
As restantes NUTS III, com preços medianos superiores ao nacional, também registaram desaceleração dos preços medianos, contudo, abaixo da observada no país, Região Autónoma da Madeira (-2,3 p.p.) e Área Metropolitana do Porto (-3,6 p.p.), de acordo com o instituto de estatística.
Tendo como referência os 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, Lisboa foi o único município a registar redução homóloga do preço mediano (-7,9%) no 1.º trimestre de 2021 e Oeiras foi o único município da Área Metropolitana de Lisboa que registou uma aceleração do preço mediano da habitação (+6,9 p.p.) para uma taxa de variação de +12,3%, lê-se no documento.
Quarenta e seis municípios, localizados maioritariamente no Algarve e Área Metropolitana de Lisboa, registaram preços da habitação acima do valor nacional (1.197 €/m2)
Tomando como referência as vendas efetuadas durante os 12 meses acabado em março de 2021, o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi 1.197 €/m2, aumentando 0,8% relativamente ao trimestre anterior e 7,2% relativamente ao trimestre homólogo.
Segundo os dados do INE, o preço mediano da habitação manteve-se acima do valor nacional nas regiões do Algarve (1.794 €/m2), Área Metropolitana de Lisboa (1.647 €/m2), Região Autónoma da Madeira (1.323 €/m2) e Área Metropolitana do Porto (1.276 €/m2).
No mesmo período em análise, 46 municípios apresentaram um preço mediano superior ao valor nacional, localizados maioritariamente nas sub-regiões Algarve (14 em 16 municípios) e Área Metropolitana de Lisboa (15 em 18), lê-se no documento.
O município de Lisboa (3.296 €/m2) registou o preço mais elevado do país. Verificaram-se também valores superiores a 2.000 €/m2 em Cascais (2.824 €/m2), Oeiras (2.434 €/m2), Porto (2.233 €/m2), Loulé (2.217 €/m2), Albufeira (2 063 €/m2), Tavira (2 058 €/m2), Lagos (2 025 €/m2) e Odivelas (2.016 €/m2), mais dois municípios que no trimestre anterior.
A Área Metropolitana de Lisboa foi a sub-região com a maior amplitude de preços entre municípios (2.358 €/m2), sendo que o menor valor registou-se na Moita (938 €/m2) e o maior em Lisboa.
Por seu turno, o Algarve, a Área Metropolitana do Porto, a Região Autónoma da Madeira, a Região de Coimbra e o Alentejo Central, tal como no trimestre anterior, apresentaram diferenciais de preços entre municípios superiores a 1 000 €/m2, de acordo com o INE.
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