No início do ano, a cidade de Lisboa destacou-se por registar o preço mediano mais elevado e ser o único a verificar diminuição homóloga do preço, entre os municípios com mais de 100 mil habitantes, informa o INE. De acordo com os dados divulgados hoje pelo Instituo Nacional de Estatística, a capital portuguesa apresentou pela primeira vez, desde o 1.º trimestre de 2016, uma redução homóloga dos preços da habitação (-1,1%). Ainda assim, continua a registar o preço mediano de habitação mais elevado, que se fixa agora nos 3.257 euros por m2.
No 1.º trimestre de 2021, nos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, todos os municípios das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, com exceção, de Lisboa, Santa Maria da Feira e Gondomar, registaram preços medianos de habitação e taxas de variação homólogas superiores ao nacional, pode ler-se nas Estatísticas de Preços da Habitação ao nível local divulgadas esta quinta-feira.
De acordo com o instituto de estatística, no mesmo período em análise, para além de Lisboa, também Cascais (2 936 €/m2), Oeiras (2 536 €/m2), Porto (2 282 €/m2) e Odivelas (2 071 €/m2) apresentaram preços medianos superiores a 2.000 euros por m2. O Porto também destacou-se, a par com Matosinhos, por apresentar uma variação homóloga dos preços superior a 16% (+16,7% e +16,9%, respetivamente).
Entre os municípios com mais de 100 mil habitantes fora das áreas metropolitanas, apenas o Funchal (1 800 €/m2) e Coimbra (1 343 €/m2) apresentaram preços medianos superiores ao nacional, ambos com crescimentos homólogos próximos de zero (+0,2% e +0,6%, respetivamente), mostram os mesmos dados.
A cidade de Lisboa destacou-se por apresentar pela primeira vez, desde o início desta série das Estatísticas de Preços da Habitação ao nível local, isto é, 1.º trimestre de 2016, uma taxa de variação homóloga negativa (-1,1%). Assim, Lisboa reforça a tendência de desaceleração dos preços da habitação que se verifica desde o 4.º trimestre de 2018, sustenta o instituto de estatística.
Por referência ao período de 12 meses terminado em março de 2021, a cidade de Lisboa apresentou o preço mediano de alojamentos familiares mais elevado (3.296 €/m2), entre as sete cidades com mais de 100 mil habitantes, revelam dados do INE.
Por seu turno, a cidade do Porto destacou-se por registar o maior crescimento face ao período homólogo (+19,2% vs. +7,2% em Portugal). Para além do Porto, Vila Nova de Gaia (+13,8%), Amadora (+9,7%) e Braga (+8,8%) registaram também um crescimento homólogo superior ao valor nacional (+7,2%). As cidades do Funchal (+5,7%) e Coimbra (+4,0%) apresentaram um aumento dos preços da habitação, mas inferior ao do país.
Já face ao período de 12 meses terminado em dezembro 2020, a taxa de variação homóloga do preço mediano aumentou apenas na cidade do Porto (+2,6 p.p.). A cidade do Funchal (-6,0 p.p.) registou a maior diminuição, seguida de Lisboa (-5,1 p.p.), Coimbra (-3,6 p.p.), Amadora (-1,5 p.p.) e Braga (-0,3 p.p.). A cidade de Vila Nova de Gaia apresentou uma variação nula, lê-se no documento.
Segundo o INE, no período de 12 meses terminado em março de 2021, nas cidades de Lisboa, Porto, Amadora, Funchal, Coimbra e Vila Nova de Gaia, o preço de venda de alojamentos manteve-se acima do valor do país. Braga (1.056 €/m2) foi a única cidade com mais de 100 mil habitantes que registou um preço inferior ao valor nacional, tal como em trimestres anteriores.
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