Crédito habitação para construir casa: Quais as vantagens e desvantagens?
Note que este tipo de crédito trata-se de um crédito habitação, mas com caraterísticas diferentes do crédito tradicional para aquisição.
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Casa Crédito à habitação
Com a inflação do mercado imobiliário, construir casa pode sair ao mesmo preço, inclusivamente, mais barato do que comprar casa. Assim, o crédito para construção é uma solução cada vez mais procurada pelos portugueses. De acordo com o Doutor Finanças, com a inflação do mercado imobiliário, este tipo de crédito trata-se de um crédito habitação, mas com caraterísticas diferentes do crédito tradicional para aquisição.
Segundo a plataforma, depois de aprovado, é disponibilizado por tranches à medida que a obra for avançando. Durante a construção, o banco envia um perito com o objetivo de identificar se o plano está a ser cumprido e se pode libertar assim as próximas parcelas.
Faz ainda notar o Doutor Finanças que nesta modalidade bancária é possível ainda beneficiar de um período de carência de capital, ou seja, paga apenas os juros, o que permite algum alívio financeiro no momento inicial do processo.
Mas quais são as vantagens?
Segundo a plataforma, este tipo de crédito dá-lhe a oportunidade de construir uma casa ao seu gosto e flexibilidade para escolher a zona. Esta modalidade pode ainda ter prazos mais alargados, o que leva a ter prestações mais baixas, coisa que não se vê no crédito tradicional.
Existe também a possibilidade de pagar apenas os juros do empréstimo e ter uma folga financeira, entre os primeiros 24 e 36 meses. Já o IMT (Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis) para construção é menor face à compra de uma casa (nova ou usada).
Dado que se trata de uma construção e não de uma compra, não tem de pagar o IMT da casa, apenas do seu terreno, o que leva a custos inferiores, salienta o Doutor Finanças.
E as suas desvantagens?
Este é um processo mais burocrático e lento, sublinha a plataforma. Se optar por um terreno com o projeto já aprovado, o processo pode ser ligeiramente mais rápido. Contudo, vai construir algo de acordo com o gosto de terceiros.
Precisa ainda de ter capital próprio, uma vez que pode apenas contar com o financiamento do banco para, no máximo, 90% da construção. No entanto, o mesmo acontece no crédito habitação tradicional.
O dinheiro é libertado em tranches (entre três e seis) à medida que a obra for avançando e mediante visita do perito. Segundo o Doutor Finanças, as visitas do perito do banco à obra representam um custo extra (pode superar os 200 euros). Nalguns casos, a primeira tranche só é libertada se existir já alguma obra feita, o que pode levar a precisar de mais esse dinheiro inicial.
Se já possuir um terreno, mas se este não tiver viabilidade de construção, não pode construir no mesmo. Por isso, se está a pensar comprar um terreno para construir, saiba que deve ter em consideração algumas questões para não vir a ter surpresas.
Com a carência de capital, não vai existir amortização da dívida, faz ainda notar a plataforma. Por isso, quanto mais tempo demorar a construir, mais juros vai ter de pagar.
Por fim, podem também existir gastos extra que não estão contabilizados inicialmente e que podem levar a que, no final de contas, a obra saia mais cara.
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