O presidente da Câmara Municipal de Beja garantiu que as famílias de etnia cigana “não estão excluídas nem impossibilitadas de terem acesso a habitações que vão ser construídas” no âmbito da Estratégia Local de Habitação (ELH), recentemente aprovada pela câmara e assembleia municipal, segundo avança o Diário do Alentejo.
“Não há famílias definidas, nem pré-determinadas para ocupação dessas casas”, começa por revelar Paulo Arsénio. Assim, também “as famílias de etnia cigana têm a mesma possibilidade, de quaisquer outras, de poderem aceder a uma habitação”.
Contudo, o bairro das Pedreiras, “que apresenta dificuldades significativas de habitabilidade (…), não terá uma intervenção específica dentro da estratégia”, admite o autarca.
Para Paulo Arsénio, a ELH “não vai resolver todos os problemas habitacionais do concelho, vai é aliviar substancialmente a pressão que atualmente existe sobre as casas de habitação social”. Isto porque “não há a certeza de sermos financiados a 100%. Só temos garantidos 40%."
Recorde-se que a Câmara e a Santa Casa da Misericórdia de Beja querem investir 29 milhões de euros até 2026 em obras de recuperação e construção de casas para “aliviar a pressão sobre o parque habitacional” do concelho, ao abrigo da ELH. A estratégia será financiada pelo programa 1.º Direito.
Faz ainda notar o jornal digital que a autarquia está também disponível para, através “de programas de envolvimento com a comunidade” e com o programa 'Romed', melhorar as condições de habitabilidade das 50 casas existentes no bairro das Pedreiras.
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