Portugal tem potencial para crescer em infraestruturas de 'data centres'?
Atualmente, o país encontra-se bem posicionado para se transformar num dos grandes polos europeus para investimento em em infraestruturas de armazenamento de dados, fruto da sua localização entre Europa, América do Sul e África, segundo revela estudo da imobiliária Savills.
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Portugal tem potencial para se tornar um dos grandes polos de infraestruturas de armazenamento de dados ('data centres') da Europa. Esta é a principal conclusão retirada do estudo realizado pela consultora imobiliária internacional Savills, enviado ao Notícias ao Minuto, que prevê um desenvolvimento deste segmento imobiliário a nível nacional, bem na Europa, nos próximos anos.
A verdade é que o segmento dos 'data centres' em Portugal é atualmente constituído por pequenos espaços, sendo que a maioria das empresas que dispõem deste tipo de infraestruturas optam por mantê-las dentro das suas próprias instalações, explica a consultora imobiliária.
No entanto, estima-se uma reconfiguração deste cenário no país, com um número cada vez maior de empresas a procurarem soluções de armazenamento de dados fora das suas instalações, que de forma mais eficiente possam responder às suas necessidades crescentes de armazenamento, lê-se no documento.
Em Portugal, 46% de todos os 'data centres' estão concentrados na região de Lisboa. Deste modo, o escasso portefólio de operadores de 'data centres' por cá confere a este segmento um grande potencial de crescimento.
Assim, a Savills considera que Portugal se encontra firmemente bem posicionado para se transformar num dos grandes polos europeus para investimento em 'data centres', fruto da sua localização entre Europa, América do Sul e África.
A análise da consultora imobiliária estima ainda que, até 2026, o mercado global de 'data centres' atinja um valor de 251 mil milhões de dólares (cerca de 216 mil milhões de euros), com um crescimento médio anual de 4,5%, lê-se no documento.
Segundo a consultora imobiliária, este crescimento será impulsionado pela consolidação da 'Internet of Things' (IoT), pelo aumento da utilização das realidades virtual e aumentada e pela disseminação e fortalecimento das tecnologias de quinta geração, o já conhecido 5G.
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