"A necessidade, ou mesmo o desejo, de comprar uma casa não diminuiu com o desenrolar da pandemia, e tudo indica que as vendas vão continuar a acontecer ao mesmo ritmo que a oferta fica disponível no mercado. Ou seja, as vendas continuam em alta, tendo mudado apenas a forma como o processo acontece. Para isso, foi necessário criar soluções inovadoras, mais digitais, mas igualmente seguras e eficazes, para que o setor continuasse a dar resposta à elevada procura.
Mas, será que as soluções encontradas foram assim tão diferentes do que já existia? Pensemos nos negócios imobiliários internacionais.
Os estrangeiros são responsáveis pela compra de uma fatia significativa do mercado imobiliário nacional, sobretudo o mercado de luxo. E muitos desses negócios já eram feitos via 'online', ou pelo menos parte do processo, uma vez que a distância ditava essa necessidade.
O digital continua a ser preponderante para muitos negócios e não se estima que venha a retroceder
Com a pandemia, esta prática que antes era a exceção tornou-se apenas mais comum e transversal, mas em nada diferente do que aconteceu com outros setores. Numa época em que temos o mundo na palma da nossa mão, ou mais especificamente no ecrã do nosso telemóvel, é importante percebermos que é possível adaptar tudo aquilo que se pensou inadaptável, incluindo o setor imobiliário, para garantir o bom funcionamento e a evolução do mesmo.
Hoje, apesar de algum regresso à antiga normalidade, a exceção tornou-se a regra, o digital continua a ser preponderante para muitos negócios e não se estima que venha a retroceder. O digital passou a fazer parte do dia-a-dia com a mesma importância que antes era dada ao presencial.
Banalizou-se o 'QR Code', crescem as vendas 'online' e proliferam negócios e serviços 100% digitais. Dados revelados pelo Barómetro CTT E-commerce revelam que o número de empresas a vender online durante a pandemia terá aumentado cerca de 90% e que o volume de encomendas realizadas através da internet, no mercado doméstico, aumentou 30%.
O digital permitiu tornar o processo de compra e venda mais assertivo, mais rápido e cómodo e igualmente seguro
O setor imobiliário não é exceção. As empresas de mediação tradicionais adaptaram-se, surgiram outras mais digitais e destacaram-se aquelas que na sua génese já nasceram virtuais.
O digital permitiu tornar o processo de compra e venda mais assertivo, mais rápido e cómodo e igualmente seguro. O recurso à tecnologia trouxe a capacidade de recriar as visitas com soluções 3D, muito fiéis à realidade e até os contratos podem ser assinados à distância.
Quando a mudança é para melhor não há motivo para se voltar atrás e a exceção pode mesmo tornar-se a regra."
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