A pré-venda de bilhetes deixou entusiasmado Paulo Santos, vice-presidente da Câmara Municipal de Faro - organizadora do Festival, com o autarca a afirmar que a presença dos Ornatos Violeta provocou "uma procura adicional de bilhetes, trazendo pessoas de todo o país a Faro", para assistirem ao último concerto da banda de comemoração dos 20 anos do lançamento do álbum "O Monstro Precisa de Amigos".
Hoje, os cabeças de cartaz são outros, Fernando Daniel e David Carreira, nomes bem conhecidos dos mais novos, embora pouco habituais neste tipo de festivais.
Vasco Sacramento, programador e curador do Festival, disse que David Carreira foi "o nome mais pedido nas redes sociais" e "é a grande pedrada no charco, este ano".
"É uma experiência, vamos ver como é que corre e tiraremos as devidas ilações", afirmou.
A programação musical do festival continua a querer ser "uma radiografia da música portuguesa", revelou o programador, explicando que nos seis palcos dedicados à música e espalhados pelo recinto - mais um a bordo de um barco na Ria Formosa -, é possível ver nomes consagrados, mas também ficar a conhecer projetos mais emergentes, em espaços mais ou menos intimistas com vista sobre a Ria Formosa ou nos claustros de um antigo convento.
A intenção é "acompanhar as tendências, sem nunca perder a diversidade" e criar um festival de música que se pretende abrangente, "trazendo o maior número de espetadores possível", disse Vasco Sacramento.
O recinto, que começou por ocupar um terço da Vila Adentro e já ultrapassou o limite das muralhas, não viu este ano crescer a sua área, mantendo a lotação de 20 mil pessoas, mas foi notória a preocupação da organização em criar zonas de passagem para que a circulação se faça "de uma forma mais fluida e em segurança", frisou Paulo Santos.
O dia do festival começa sempre com tertúlias e hoje Eduardo Madeira ajudou a tornar mais leve o tema sobre fitness "Saúde ou sacrifício", arrancando gargalhadas às três dezenas de pessoas que se juntaram no Claustros da Igreja da Sé. Sexta-feira, Joana Amaral Dias falará da "Alma de Viajante", e no sábado caberá a Maria Rueff abordar o tema "Ironia como Arma".
Exposições, teatro, comédia, comida de rua, novo circo, um espaço para as crianças e uma feira de artesanato estão também contemplados no programa deste ano do Festival F. O espaço dedicado à festa silenciosa - onde a música é escutada com auscultadores - viu duplicado o seu espaço, no Largo Afonso III, numa resposta à grande procura verificada o ano passado.
Ao longo dos três dias vão passar pelo Festival F, entre outros, Ornatos Violeta, Amor Electro, Ana Bacalhau, António Zambujo, Baile Funk, Capitão Fausto, Carolina Deslandes, David Carreira, Linda Martini, Mayra Andrade, Profjam, Revenge Of The 90's ou 9 Miller.