Meteorologia

  • 31 OCTOBER 2024
Tempo
19º
MIN 13º MÁX 20º

Marlene Monteiro Freitas estreia 'Mal - Embriaguez Divina' na Culturgest

A coreografia 'Mal - Embriaguez Divina', de Marlene Monteiro Freitas, com reflexões sobre a natureza humana, vai estrear-se a 18 de junho de 2020, na Culturgest, em Lisboa, onde ficará em cartaz até dois dias depois, 20 de junho.

Marlene Monteiro Freitas estreia 'Mal - Embriaguez Divina' na Culturgest
Notícias ao Minuto

15:00 - 26/12/19 por Lusa

Cultura Coreógrafa

Com criação da criadora cabo-verdiana Marlene Monteiro Freitas, a nova peça de dança estará em palco com Andreas Merk, Betty Tchomanga, Hsin-Yi Hsiang, Jelena Kuljic, Majd Feddah, Mariana Tembe, Miguel Filipe, Samouil Stoyanov e Walter Hess.

A sinopse da coreografia refere que "o mal divide-se em juízes e jurados, mais parecidos com um coro sob o efeito de um feitiço. Contudo, quando vistos à distância, as suas almas estão em êxtase, confinadas a um espaço pequeno demais".

Para contextualizar o tema, recorda a apresentação da obra que "o mal foi por muito tempo personificado pelo Diabo - ou Anticristo, Satanás, Leviatã, Lúcifer - mas igualmente simbolizado pela bruxa, mago, mulher, animal, híbrido, mutante e tantos outros".

"Encontramos a sua referência na Bíblia, no centro de criações literárias e artísticas ou em discursos sociais e morais. A seu tempo, a natureza do mal alargar-se-ia às ideias da injustiça social, da violência, da doença, do capitalismo, da bomba atómica, da poluição", acrescenta ainda o mesmo texto.

O desenho de luz e de espaço da nova coreografia é de Yannick Fouassier, numa produção da Associação Cultural P.O.R.K (Lisboa) e Münchner Kammerspiele (Munique, Alemanha).

O espetáculo é cofinanciado pelo programa Europa Criativa da União Europeia, no âmbito do projeto ACT - Art, Climate, Transition.

Marlene Monteiro Freitas foi galardoada com o Leão de Prata da Bienal de Veneza, em 2018, pela sua carreira, e o júri destacou, na altura, a "presença eletrizante e o poder dionisíaco" das suas produções, considerando-a "uma das mais talentosas da sua geração", que se interessa mais pela "metamorfose e deformação", que "trabalha mais com as emoções do que [com] os conceitos, e que apaga as fronteiras do que é esteticamente correto".

O seu trabalho tem sido apresentado em vários países, desde Portugal aos Estados Unidos, Canadá, Israel, Espanha, Itália e Coreia do Sul.

Quando a criadora, de 39 anos, foi galardoada, em declarações à agência Lusa, sublinhou que procura usar a transgressão para criar metamorfoses, e que dá atenção particular à emoção no seu processo criativo.

Nos seus trabalhos, a co-fundadora da estrutura cultural P.O.R.K combina por vezes o drama e a comédia.

Os seus trabalhos têm sido elogiados pela crítica internacional pela expressividade e pela criatividade.

Em Cabo Verde cofundou o grupo de dança Compass. Estudou dança na P.A.R.T.S., em Bruxelas, na Bélgica, na Escola Superior de Dança, e na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

Trabalhou com Emmanuelle Huynn, Loïc Touzé, Tânia Carvalho, Boris Charmatz, Clara Andermatt, entre outros coreógrafos portugueses e estrangeiros.

'Bacantes - Prelúdio para uma purga' (2016), 'Marfim e carne - as estátuas também sofrem' (2014), 'Paraíso-coleção privada' (2012-13), '(M)imosa' (2011), com Trajal Harell, François Chaignaud e Cecilia Bengolea, 'A Seriedade do Animal' (2009-10), 'Uns e Outros' (2008), 'A Improbabilidade da Certeza' (2006), 'Larvar' (2006) e 'Primeira Impressão' (2005) são algumas das obras que criou.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório