Numa nota de pesar em que apresenta condolências à família e amigos do artista, Graça Fonseca salienta que as obras de Noronha da Costa "estão representadas nas mais significativas coleções nacionais de arte contemporânea".
Refere, a propósito, as coleções de Arte do Estado, do Museu de Arte Contemporânea -- Museu do Chiado, da Fundação de Serralves, da Fundação de Arte Moderna e Contemporânea ou do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian.
Luís Noronha da Costa morreu numa unidade hospitalar de Lisboa, onde estava internado, disse à agência Lusa fonte próxima da família.
Nascido em Lisboa, em 1942, começou por formar-se em arquitetura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, mas a partir do final dos anos 1960 dedicou-se totalmente à pintura.
A originalidade do seu trabalho marcou a sua obra em pintura, objetos e também em incursões no cinema.
Representou Portugal na Bienal de São Paulo (1969) e na Bienal de Veneza (1970), e fez exposições coletivas e individuais em quase todos os países da Europa, no Oriente e no continente americano.
Em 2017, quando celebrava 50 anos de carreira artística, reuniu 35 obras do seu percurso, sobretudo peças da coleção pessoal, na Casa-Museu Medeiros e Almeida, em Lisboa, na exposição "Isto não é só um écran - Noronha da Costa -- 50 anos de pintura (1967-2017)", com curadoria de Bernardo Pinto de Almeida.
Uma grande retrospetiva tinha sido realizada no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, em 2003, e na Fundação Calouste Gulbenkian, na década de 1980, pelas primeiras duas décadas de carreira.