O acordo foi anunciado hoje em Madrid, com a cantora portuguesa a afirmar, numa declaração à imprensa, que a decisão foi tomada "de forma muito natural", porque, ao longo de mais de trinta anos de carreira, tem trabalhado muito com Espanha.
"Há muito tempo que os meus direitos 'andavam pelo ar' e [na SGAE] sinto-me em família e creio que podemos ter uma longa colaboração, de muitos anos, e muito positiva. [...] Há uma relação muito privilegiada com Espanha e foi o público que me deu essa relação, essa estima recíproca", afirmou Dulce Pontes.
Recordando que Madrid é a cidade onde mais vezes atuou, Dulce Pontes explicou ainda que decidiu ter os direitos de toda a obra musical geridos pela SGAE também a pensar no futuro dos filhos.
Em comunicado, o presidente da SGAE, Antonio Onetti, manifestou satisfação por ter Dulce Pontes, "uma artista internacional da música e da cultura ibero-americana", entre os mais de 120 mil sócios da centenária associação.
"Seja a nível europeu ou nacional, a atividade dos autores, músicos, realizadores, dramaturgos e outros profissionais do setor, tem sido nula [por causa da covid-19]. Precisamos do talento de Dulce Pontes e de muitos outros companheiros de profissão, porque a Cultura é essencial para a sociedade e um pilar fundamental da economia", afirmou Onetti.
O acordo é anunciado na véspera de Dulce Pontes atuar em Palma de Maiorca.
Dulce Pontes, 51 anos, descrita pela SGAE como "referência internacional do fado renovado e da música de fusão", lançou em 2017 o mais recente álbum, o duplo "Peregrinação", com canções em português e em espanhol, repertório da cantora, de Amália Rodrigues e José Afonso.