O apelo é deixado numa carta aberta aos municípios, divulgada hoje, no dia em que reabrem as salas de espetáculos, cinemas, teatros e auditórios, que estavam encerrados desde meados de janeiro, no âmbito do plano de confinamento para conter a propagação da covid-19.
"Foram mais de três meses de interrupção da programação artística e cultural, aos quais se somam os meses de suspensão em 2020, e os meses da retoma condicionada de atividade", lembrou a Plateia.
Para a associação, foi "uma paragem longa, extremamente danosa para profissionais da Cultura e que evidenciou a precariedade de um setor socialmente desprotegido" e para o qual as medidas de apoio do governo "tardaram em chegar".
A Plateia apela, por isso, aos municípios para que reforcem a programação cultural e mobilizem recursos e meios "para uma efetiva e vital ativação das práticas artísticas no território".
A associação lembra ainda que as agendas culturais locais têm sido comprometidas pelos sucessivos cancelamentos, adiamentos e reagendamentos de espetáculos, por causa da pandemia.
As salas, teatros e auditórios reabrem a partir de hoje com programações que oscilam entre estreias e recuperação de espetáculos e concertos que já deveriam ter ocorrido nos últimos meses, o que poderá significar uma sobrecarga e sobreposição de calendário.
A Plateia alerta que os reagendamentos e adiamentos de espetáculos traduzir-se-ão "numa redução muito expressiva da circulação dos espetáculos no território, e, consequentemente, numa ainda mais difícil afirmação de novos projetos artísticos".
No apelo aos municípios, a associação sublinha: "A retoma implica incentivos e dedicação".
"É, por isso, de extrema importância a definição de estratégias municipais de apoio e promoção das atividades culturais".
