"Foi uma edição surpreendente, com várias sessões esgotadas e muitos convidados a fazer esquecer um pouco esta situação de pandemia", disseram à Lusa os organizadores Bruno Carnide e Cátia Biscaia.
Os lugares no Teatro Miguel Franco e mimo - Museu da Imagem em Movimento estiveram reduzidos por questões de segurança sanitária mas, mesmo assim, o festival atraiu "centenas de pessoas".
"De facto, acabámos por fintar a pandemia. As pessoas sentiram-se seguras e transmitiram bem-estar por estar de volta às salas", acrescentam.
Relativamente aos prémios, na ficção, 'Sealskin', da islandesa Ugla Hauksdóttir, venceu o prémio internacional, enquanto 'Moço', de Bernardo Lopes, recebeu o prémio nacional.
Segundo o júri, 'Sealskin' é tão tocante que "leva-nos a querer entrar no ecrã", enquanto 'Moço' é "um retrato do novo cinema português", sendo "realizado de uma forma deslumbrante e com uma cinematografia incensurável".
No documentário, Iker Esteibarlanda, do País Basco, conquistou o prémio internacional com 'Before I die', uma história vivida por mulheres e meninas do Quénia contada "de uma forma deslumbrante, quase poética".
O prémio de melhor curta documental nacional foi para 'Mulher como árvore', de um coletivo de cinco realizadores, distinguido pela "realização fascinante que nos faz entrar dentro do íntimo da personagem principal",
Na secção de animação, 'Migrants', criação coletiva de cinco autores, recebeu o prémio internacional pela capacidade de criar empatia e comover, sublinhou o júri, enquanto 'Lascas', um retorno à infância "brilhantemente realizado", garantiu a Natália Azevedo o prémio nacional. A 'Elo', animação de Alexandra Ramires, foi atribuída uma menção honrosa.
O Leiria Film Fest distinguiu ainda o prémio Melhor Curta-Metragem Regional, 'Dessa água não beberei', de Paulo Graça e Pedro Caldeira, um trabalho que prova que "o cinema na região está vivo, a crescer, esforça-se e se recomenda". O mesmo filme recebeu o Prémio do Público.
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