Em declarações à Lusa, o governante referiu que recebeu garantias nesse sentido numa recente visita oficial que realizou a Portugal, tendo falado com diversas entidades culturais.
O secretário de Estado disse ter recebido promessas da Academia de Música de Braga para o envio, na primeira semana de setembro, de dois professores que se vão ocupar da formação de futuros professores que vão relançar a escola de música 'José Carlos Schwartz' em Bissau.
Um dos técnicos portugueses é a etnomusicologista Rebeca Venturini, que já conhece a Guiné-Bissau, onde esteve numa missão humanitária e se expressa fluentemente em crioulo do país, notou Francelino Cunha.
Os dois técnicos da Academia de Música de Braga vão lecionar um curso intensivo durante 12 meses a 15 guineenses, de preferência pessoas ligadas à música, e que, por sua vez, serão recrutadas a seguir para lecionarem na escola de música.
Sobre o facto de a escola de música "José Carlos Schwarz" sempre ter funcionado nas instalações do quartel da Marinha de Guerra, em Bissau, o governante defendeu ser contrário à ideia de se retomarem as aulas naquele espaço.
"A minha opinião é não voltarmos para lá, porque a qualquer momento as Forças Armadas poderão pedir aquele espaço. Vamos recorrer aos Centros Culturais (brasileiro, francês e português) ou à escola de artes e ofícios da ONG Ação para o Desenvolvimento", afirmou Cunha.
Já em setembro, os dois técnicos portugueses chegam a Bissau munidos de alguns equipamentos musicais ocidentais para se juntar aos da cultura africana, precisou o secretário de Estado guineense.
No final da formação de 12 meses, os dois técnicos portugueses admitem ficar na Guiné-Bissau para abrir um outro curso de formação para crianças e jovens no domínio da música, disse ainda Francelino Cunha.
Leia Também: Tony Tcheka apresenta 'Quando os cravos vermelhos cruzaram o Geba'