"Vamos ter um ciclo organizado em torno das práticas do caminhar e das filosofias do caminhar. A ideia é convocarmos o tema do caminhar como um exercício que é simultaneamente físico, emocional, intelectual e cognitivo", disse o diretor do TAGV, Fernando Matos Oliveira.
Em declarações à agência Lusa, Fernando Matos Oliveira explicou que este ciclo irá decorrer de 02 a 16 de julho, sempre aos sábados.
Para as 16:30 de sábado, 02 de julho, está agendado um percurso performance intitulado 'Keep Walking Intently. Prossiga Andando Atentamente', uma criação coletiva de Gabriel Cheganças, Maria Calem Louro e Ricardo Seiça Salgado, que convida a deambular ao acaso, na Praça da República.
Já pelas 18:00 terá lugar uma performance caminhada por Coimbra, chamada 'Os Filhos de Abel', de Patrícia Portela.
"Para o meio destas três semanas [09 de julho], desafiámos um conjunto de pessoas para debater, no TAGV, algumas dinâmicas e reflexões do caminhar. Será um debate aberto, sem alinhamento muito fechado, para refletirmos sobre o caminhar".
A partilhar experiências estarão o geógrafo João Luís Fernandes, o caminhante de longo curso André Pinto Rocha, que já percorreu toda a costa marítima portuguesa e recentemente deu a volta à ilha da Madeira, bem como o fotógrafo e caminhante Duarte Belo, que tem passado por todo o país.
Ainda no mesmo dia, a partir das 18:00, terá lugar um percurso pelo Choupal, intitulado 'Ergue-te'.
Trata-se de um projeto que nasceu à luz do texto 'Andar a Pé', de Henry David Thoreau, e da música do Coro da Primavera de José Afonso, sendo o mais recente trabalho dos Filhos de Nenhures, da Companhia João Garcia Miguel.
"A 16 de julho a proposta é a de fazermos um piquenique-concerto, no Jardim da Sereia. Será um encontro de pessoas com ambiente sonoro do músico Rafael Toral, num contexto de jardim. Vamos oferecer aos primeiros 50 participantes inscritos um kit-piquenique, que contém algumas iguarias tradicionais, para connosco conviverem nessa tarde", revelou.
O diretor do TAGV evidenciou ainda que com este ciclo pretendem "sinalizar uma reflexão contemporânea, que é cada vez mais urgente, sobre o que está a acontecer na nossa relação enquanto comunidade humana com o nosso meio de subsistência, que é planeta onde vivemos".
A participação em todas as atividades é gratuita.