Por muito que queiramos ler, por vezes a correria do dia a dia afasta-nos dessa atividade.
Os dias de calor trazem dias de férias e de mais descanso e também mais tempo na espreguiçadeira ou na toalha para nos dedicarmos àquele livro que queremos tanto ler.
Estas são as novidades que lhe sugerimos para umas férias recheadas de leitura.
'Diário de um Sem-Abrigo: Os dias (e noites) de Jorge Costa a viver nas ruas de Lisboa'. LeYa/ Oficina do Livro
'Diário de um Sem-Abrigo' é o legado do homem que deu voz aos sem-abrigo e mudou a forma como olhamos o outro. Jorge Costa morreu no passado dia 20 de abril, com 55 anos, em Lisboa, onde nasceu e sempre viveu. Provavelmente, teria morrido anónimo, como tantos outros, como o amigo Zé. Mas as suas crónicas na Mensagem de Lisboa levaram-no ao conhecimento de tantos e tantos. "O seu talento conquistou os leitores que o acarinharam, ainda que à distância, neste último ano da sua vida. No jornal digital da capital, partilhou a sua experiência da vivência nas ruas, sem teto para viver e para dormir", refere a editora em nota.
Durante 8 meses foi sem-abrigo e teve o céu de Lisboa como teto. Escreveu sobre esta “difícil experiência, indigna e quase desumana” como a descreveu. Quis dar a conhecer, na primeira pessoa, o que é viver em situação de sem-abrigo. E este livro, que agora se publica a título póstumo, cumpre e perpetua o seu propósito.
'Oh, William!', de Elizabeth Strout. Penguin Random House
A escritora galardoada com o Prémio Pulitzer, regressa à saga em torno da personagem Lucy Barton. 'Oh, William!', é um romance sobre o amor, a perda e os segredos de família que regressam sem aviso e nos deixam aturdidos.
'Glória', de Pedro Lopes e Paulo M. Morais. Oficina Do Livro / LeYa
'Glória' é um livro sobre a primeira série original portuguesa da Netflix. Os 10 episódios são agora transformados em 320 páginas, escritas por Pedro Lopes, um dos criadores do projeto e o principal argumentista, em conjunto com o escritor Paulo M. Morais. 'Glória' é um thriller de espionagem e ação, passado em Portugal nos anos finais da ditadura do Estado Novo, e ainda durante a Guerra Fria, sendo uma história de ficção assente em factos reais.
'O ADN Fóssil: Uma Máquina para Viajar no Tempo', de Ludovic Orlando. Guerra e Paz
Uma aventura científica até aos confins do mundo e do tempo através da ciência do futuro. O ensaio, que agora chega a Portugal, mostra-nos como a paleogenética, união entre a genética e a paleontologia, está a permitir reescrever a história da evolução da humanidade, resolver enigmas, como os da extinção das espécies, e confrontar assuntos polémicos como os da origem genética das etnias. Com prefácio de Jean Guilaine, professor emérito do Collège de France, e tradução de Rita Sousa Lopes.
'As Raparigas de Papel', Louise O'Neill. Aurora Editora
Num mundo em que as raparigas já não nascem de forma natural, criadas em escolas, treinadas nas artes de agradar aos homens até que estejam preparadas para o mundo exterior. Quando terminam a formação, as raparigas com a melhor pontuação tornam-se "companheiras", autorizadas a viver com um marido e a gerar filhos até que deixem de ser úteis.
Neste livro, Louise O’Neill critica a sociedade atual, onde a beleza se tornou uma obsessão e as raparigas são, desde muito novas, cada vez mais sexualizadas e julgadas pelo aspeto físico.
'Onde me leva o coração', Sarah Ferguson. Penguin Random House
Londres, 1865. Na tentativa de se rebelar contra uma sociedade que espera das mulheres uma submissão conformada, a indomável Lady Margaret Montagu Douglas Scott decide escapar dos grilhões que a aprisionam, fugindo de um casamento forçado com um homem que despreza. Os olhares públicos, no entanto, não perdoarão essa escandalosa demonstração de desobediência, especialmente vinda da filha do duque e da duquesa de Buccleuch, próximos da rainha, e Margaret é afastada do luxo e conforto da vida na alta sociedade.
Sarah Ferguson é duquesa de York e ex-nora de Isabel II, rainha do Reino Unido. É também autora bestseller de livros infantis e de memórias, e produtora cinematográfica.
© D.R.
'O Mergulho', de Stephen McGinty. Grupo Almedina
Dois homens encurralados num submarino danificado, quase sem oxigénio e sem tempo. Lá fora, a escuridão total e o frio gélido das profundezas do oceano. À superfície, uma flotilha sob o comando de um excêntrico comandante naval aposentado traça o plano de resgate. Por três dias, o mundo, que assista pela comunicação social, susteve a respiração.
Estamos em 1973 e esta é a história verídica do resgate a maior profundidade de sempre. A obra será brevemente adaptada ao cinema.
'Contra a Guerra, A Coragem de Construir a Paz', de Papa Francisco. Grupo Leya
Manifesto do Sumo Pontífice contra a guerra, nomeadamente a da Ucrânia, que descreve como uma “barbárie”, um “fracasso da política e da humanidade, uma derrota perante as forças do mal, um sacrilégio que temos de deixar de alimentar”.
'O Homem que Passeava Livros', de Carsten Henn. Grupo Leya
'O Homem Que Passeava Livros' é um romance sobre vidas que são transformadas pela magia dos livros. Polvilhado de referências literárias (a começar pelos títulos dos capítulos), transporta os leitores da tristeza mais funda para o mais profundo encantamento. Carsten Henn dedica este seu romance “a todas as livreiras e a todos os livreiros, que mesmo em situações de crise, fornecem-nos um alimento muito especial".
'O Homem Que Passeava Livros' tornou-se o bestseller n.º 1 na Alemanha, onde já vendeu mais de 200 mil exemplares, e está a ser traduzido em 25 países.
'Eunice Muñoz'. Fotobiografia. Guerra e Paz
Um livro que celebra 80 anos de uma carreira brilhante e multifacetada, 93 de uma vida cheia, que nos mostram a construção de uma enorme família. "Eunice Muñoz (1928-2022), mulher de mil rostos, mil nomes e tantos outros atributos, que conquistou os palcos, o público, a vida, o infinito, é agora homenageada numa fotobiografia inédita que inclui mais de duas centenas de fotografias pessoais e profissionais, passando em revista, cronologicamente, toda a vida e toda a carreira da actriz maior do teatro português".
Com organização e textos de Fátima Morais.
'O caso Alaska Sanders', de Jöel Dicker. Penguin Random House
"Sei o que fizeste." Esta mensagem é a chave da apaixonante investigação que volta a reunir Marcus Goldman e Perry Gahalowood, onze anos depois de terem colocado atrás das grades os presumíveis culpados de um homicídio.
Abril de 1999, Mount Pleasant, uma pacata povoação de New Hampshire: o corpo de Alaska Sanders, que chegara à localidade havia pouco tempo, é encontrado na margem de um lago. A investigação é rapidamente encerrada e arquivada. Mas um novo episódio trágico vem ensombrar as conclusões em torno da morte da jovem mulher. No começo de 2010, o caso vem novamente à tona. Gahalowood, sargento da polícia de New Hampshire, recebe uma carta anónima que o deixa perturbado. Estava convencido de que tinha à época resolvido o crime – terá afinal seguido uma pista falsa?
'Apontar é Feio', de Joana Marques. Contraponto
'Apontar é Feio' trata-se de um caderno com apontamentos que obedece à estratégia que Joana Marques sempre usou para tomar notas na escola: enquanto lá à frente o professor dava a matéria, ela ia escrevendo sobre assuntos irrelevantes. Em dias bons, porque nos outros fazia só um jogo do galo contra ela própria (e às vezes perdia).
Nestas páginas, reflete sobre temas tão importantes como compostagem humana, queijo comido às escondidas dos filhos, juízes sem juízo nenhum, sintomatologia do mau perder, neologismos das Spice Girls, festas da espuma, veados em Odivelas, o Ranger do Texas, um divórcio provocado por bananas, pijaminhas de sobremesas, viagens a Bali, lançamento de búzios, alinhamento de chakras ou a importância dos cheeseburgers no sucesso de Cristiano Ronaldo.
'As Sete Marias que Matavam Franceses', de Domingos Amaral. Casa das Letras
Em março de 1809 inicia-se a segunda invasão francesa e o marechal Soult entra com as tropas de Napoleão por Chaves e dirige-se para o Porto, lançando o terror no Norte de Portugal. Com receio de que a sua quinta em Amarante seja também assaltada, as sete filhas ilegítimas do general Galopim regressam à casa onde sempre viveram para a defenderem dos franceses.
'Escalas do Levante', de Amin Maalouf. Grupo Editorial Presença
'Escalas do Levante' era o nome que se atribuía antigamente ao rosário de cidades mercantis através das quais os viajantes da Europa chegavam ao Oriente. De Constantinopla a Alexandria, passando por Esmirna, Adana ou Beirute, essas cidades foram, durante muito tempo, lugares de mistura onde conviviam línguas, costumes e crenças. Universos frágeis a que a História lentamente deu forma antes de os derrubar, quebrando, de passagem, inúmeras vidas.
A personagem central deste romance, Ossyane, é um desses homens de destino desviado.
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